Crédito: Gaeco O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) deflagrou nesta sexta-feira (7) a operação “Blindagem”, que tem como alvo uma organização criminosa armada envolvida com tráfico interestadual de drogas, corrupção, comércio ilegal de armas e lavagem de dinheiro.
Segundo o Ministério Público, o grupo era comandado de dentro do sistema prisional e contava com uma ampla rede de colaboradores em Campo Grande, Aquidauana, Anastácio, Corumbá, Jardim, Sidrolândia, Ponta Porã e Bonito, além de ramificações em São Paulo e Santa Catarina.
As investigações duraram 25 meses e revelaram que a quadrilha enviava drogas para diversos estados, como Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Acre, Maranhão e Goiás, utilizando caminhões com fundo falso, veículos de passeio, vans e até Sedex para o transporte dos entorpecentes.
O grupo também mantinha vínculos com o PCC (Primeiro Comando da Capital), que fornecia suporte logístico e aplicava punições violentas a integrantes ou devedores. Foram identificados casos de extorsão, sequestro e ameaças com armas de fogo para cobrança de dívidas ligadas ao tráfico e à prática de agiotagem.
A operação foi deflagrada após a apreensão do celular do líder da organização, que comandava as ações de dentro de um presídio no interior de Mato Grosso do Sul. O aparelho revelou indícios de corrupção de servidores públicos, que facilitavam o acesso a celulares, informações sigilosas e transferências ilegais de presos para unidades menos rigorosas.
Nesta manhã, equipes cumpriram 35 mandados de prisão preventiva e 41 de busca e apreensão em cidades de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina. A ação contou com o apoio do Batalhão de Choque, Bope, Força Tática, Polícia Civil, Polícia Militar, Agepen e Gaeco de SC, além do acompanhamento da OAB/MS.
O nome “Blindagem” faz referência à proteção que os criminosos recebiam dentro dos presídios, por meio de corrupção de agentes e acesso a informações privilegiadas.



