A Polícia Federal (PF) afirmou, em uma série de documentos enviados ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (7), que há risco de interferência do Ministério da Justiça no processo de extradição de Allan dos Santos e que é necessário adotar medidas que evitem essas possíveis interferências.
No ofício em que fala sobre a possibilidade de interferência, datado do dia 29 de novembro, a delegada Denisse Ribeiro, responsável pela investigação do caso, afirma que, com base em depoimentos colhidos pela PF, foi identificada uma tentativa de interferência por parte do secretário nacional de Justiça, José Vicente Santini, no caso.
Entretanto, segundo a delegada, as medidas adotadas por Santini “não incidiram, até o presente momento, de maneira a interferir efetivamente na tramitação, mesmo porque a demanda ainda se encontra sob o crivo das autoridades americanas”. “A interferência, portanto, apesar de presente o risco, ainda é uma cogitação”, pontua.
Por isso, Ribeiro afirma que “permanece ainda latente o risco de ocorrência de novos eventos com potencial de causar prejuízo ao fluxo normal da apuração”.