O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS-CG) divulgou nesta semana um alerta epidemiológico de surto por COVID-19 em Campo Grande. Conforme o alerta o nº 02/2024, que é destinado aos profisisonais da saúde, já são 162 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars).
De acordo com o alerta, do total de casos notificados neste ano, mais de 52% são de Síndrome Respiratória Aguda Grave não identificada, sendo: 85 casos de Sars não identificada; 37 casos de COVID-19; 37 casos aguardando resultado laboratorial; 2 de parainfluenza três e 1 de influenza A.
Em relação ao número de casos por semana epidemiológica, houveram mais notificações nas 1ª e 4ª semanas de 2024, com 37 casos cada. Quanto ao sexo, o grupo feminino é o mais acometido pelas doenças com 53,0% dos casos.
O alerta aponta ainda que há casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em todas as faixas etárias, com maior prevalência entre 60-69 anos e 80 anos e mais.
Cabe reforçar que o grupo de risco para complicações e desfechos desfavoráveis da COVID-19, como o óbito, são os idosos com presença de comorbidades.
O alerta pode ser conferido nas redes sociais da Secretaria Municipal de Saúde (( @sesau_cg) e Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (@vigilanciaemsaudecg).
Por fim, o Cievs ressalta que o objetivo dos alertas epidemiológicos consiste na divulgação de informações sobre a ocorrência de eventos com potencial de risco à saúde, com descrição da situação, de cuidados e medidas necessárias à redução ou eliminação do risco, a fim de embasar os profissionais de saúde no sentido da implementação de medidas preventivas e mudanças imediatas de comportamentos.
Síndrome Gripal (SC)
Da 1ª a 5ª semana de 2024, foram notificados 871 casos de Síndrome Gripal (SG) por COVID-19 no istema e-SUS Notífica. Sendo observado casos em todas as faixas etárias, com prevalência entre 40-49 anos.
O paciente com quadro respiratório agudo é caracterizado por pelo menos dois sintomas, sendo os mais comuns: febre (mesmo que referida), calafrios, dor de garganta, dor de cabeça, tosse, coriza, distúrbios olfativos ou distúrbios gustativos.
Orientações para situações de surto
- Está indicado isolamento imediato de contatos próximos, SE SINTOMÁTICO, de caso confirmado de COVID-19;
- Monitoramento diário do caso confirmado em isolamento domiciliar e de seus contatos próximos e/ou domiciliares;
- Contatos próximos e ou domiciliares de casos confirmados de COVID-I9, apresentando SC realizar testagem oportuna de acordo com a metodologia;
- Contatos assintomáticos próximos e/ou domiciliares de casos confirmados de COVID-19 em situação de surto nos locais acima citados, após cumprir isolamento de 5 dias, realizar
- TR-AG para COVID-19;
- Em uma amostragem (10% dos casos) - realizar coleta de RT-PCR;
- Comunicação à Vigilância Sanitária municipal;
- Limpeza e desinfecção local, se necessário;
- Definição de fluxo para atendimento médico de caso suspeito/confirmado;
- Orientação quanto ao uso de equipamentos de proteção individual (EPI).
Orientações aos hospitais e serviços de saúde
- Utilização de EPIs;
- Higienização das mãos e etiqueta respiratória;
- Isolamento conforme as precauções baseadas no modo de transmissão dos agravos;
- Isolamento imediato do caso confirmado e seus contatos sintomáticos, os demais contatos próximos laborais
- assintomáticos, passarão a ser monitorados pela sua chefia imediata pelo período de 10 dias e apresentando sintomas, deverão ser testados e afastados até a remissão dos sintomas - mesmo que negativos para COVID-19;
- Caso o resultado do teste seja negativo, os profissionais de saúde ficam aptos a retornar imediatamente ao trabalho, se estiverem assintomáticos;