O médico Gabriel Rossi, de 29 anos, que foi encontrado morto com os pés e mãos amarrados, em Dourados (MS), passou por uma série de tortura antes de morrer, de acordo com exame de necrópsia.
Segundo o exame, Gabriel foi asfixiado com sacolas plásticas e torturado por várias horas antes de morrer. De acordo com o delegado que acompanha o caso, Erasmo Cubas, o laudo necroscópico mostra que o médico teve a garganta perfurada e morreu, possivelmente, por asfixia.
Além da série de torturas, o médico agonizou por 48 horas antes de morrer. Essa é a conclusão da perícia após os primeiros exames feito pelo médico.
Segundo a investigação da Polícia Civil, o médico foi assassinado por cobrar uma dívida de R$ 500 mil de um grupo de estelionatários. As informações da investigação policial apontam que Gabriel também fazia parte do grupo que aplicava golpes financeiros.
Morte por dívida de R$ 500 mil, diz polícia
Nessa segunda-feira (7), quatro pessoas foram presas, no interior de Minas Gerais, como suspeitas da morte do médico. Os presos chegaram em Dourados, na madrugada desta terça-feira (8), escoltados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Conforme as informações repassadas pelo delegado que investiga o caso, Erasmo Cubas, uma das suspeitas de planejar o crime, Bruna Nathália de Paiva, devia o montante de R$ 500 mil ao médico. O valor da dívida era em relação a golpes aplicados pelo grupo de estelionato, a qual Gabriel fazia parte.
Segundo o delegado, Gabriel cobrou a dívida de Bruna, que se sentiu ameaçada. "Para se livrar da dívida, a suspeita contratou três homens para matar o médico. A mulher teria pagado R$ 150 mil ao trio pelo crime", relatou Cubas em coletiva de imprensa nesta terça-feira.
De acordo com as apurações da Serviço de Investigações Gerais (SIG), de Dourados, Bruna ficou com o celular de Gabriel após a morte dele. Em troca de mensagens, a suspeita teria se passado pelo médico e solicitado dinheiro a amigos da vítima. Apenas neste momento, a mulher conseguiu R$ 2,5 mil.
Prisão dos suspeitos
Suspeitos presos por assassinato do médico encontrado morto amarrado chegam — Foto: Divulgação
Os quatro presos suspeitos assassinarem o médico Gabriel Paschoal Rossi chegaram a Dourados na madrugada desta terça-feira (8). Eles foram localizados em Pará de Minas (MG) e transferidos para o município sul-mato-grossense para prestarem depoimento.
De acordo com a polícia, foram presos três homens e a mulher. Segundo a polícia, as funções no crime e os presos são:
- Bruna Nathalia de Paiva (mandante do crime);
- Gustavo Kenedi Teixeira (capanga);
- Keven Rangel Barbosa (capanga);
- Guilherme Augusto Santana (capanga).
O g1 não encontrou as defesas do suspeitos.