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Quinta, 21 de novembro de 2024

Monitoramento no Paraguai e Brasil identificam ferrugem em soja em voluntária, kudzu e coletores

Ainda não há registro de casos em lavouras comerciais mais autoridades recomendam a intensificação do monitoramento

08 de nov 2021 - 07h:10 Créditos: Capital News
Crédito: Correio 24h

O serviço de monitoramento do Paraguai detectou a presença do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da ferrugem-asiática da soja, em plantas voluntárias de soja (não cultivadas e que nasceram espontaneamente) e no kudzu (Pueraria lobata), hospedeiro alternativo do fungo. Ainda não há registro da ocorrência da doença em lavouras comerciais. No Brasil, esporos do fungo da ferrugem foram identificados em coletores.

Os casos foram registrados no final de outubro, nos municípios de Capitán Meza e Pirapó, no departamento de Itapúa, por monitoramento realizado pelo Serviço Nacional de Qualidade e Sanidade Vegetal de Sementes (SENAVE) do Paraguai.

Não foram detectadas ocorrências até o momento em lavouras comerciais, mas o SENAVE fez um alerta aos produtores, de acordo com a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja: “A orientação foi para que intensifiquem o monitoramento e que façam o controle no momento adequado, principalmente em lavouras mais avançadas e se as condições climáticas estiverem favoráveis, em razão da presença de inóculo na região”, explica .

No Brasil, os coletores do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR – Paraná) detectaram esporos do fungo causador da ferrugem, no dia 26 de outubro, em Santa Helena, região oeste do Paraná. Também não há registro da ocorrência de doença em lavouras comerciais no Paraná, que ainda estão em fase inicial de desenvolvimento.

“Porém, a identificação de esporos é um indicativo da presença de inóculo na região, indicando a necessidade de intensificação de monitoramento nas lavouras, principalmente as que foram semeadas cedo”, orienta Cláudia Godoy.


Paraguai e Brasil identificam ferrugem em soja voluntária
No Brasil, casos foram detectados em soja voluntária no Paraná, pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado - IDR-PR



Neste mesmo período, na safra anterior, a pesquisadora explica que não haviam relatos da doença, provavelmente em razão da estiagem que atrasou a semeadura das lavouras. “Em 2021, as chuvas iniciaram mais cedo e a entrada de frente frias, com chuvas e ventos, favoreceram a dispersão de esporos de fontes de inóculo que sobraram no inverno”, avalia Cláudia Godoy.

“A implantação das lavouras tem avançado de forma rápida, concentrando a semeadura. Nessas primeiras semeaduras, normalmente ocorre um escape da ferrugem pelo menor inóculo da ferrugem que foi reduzido com o vazio sanitário ”, diz.

Quando o vazio sanitário não consegue eliminar totalmente as plantas voluntárias e os hospedeiros alternativos, estes podem sobrar e servir de inóculo para doença na safra. “Por isso, é necessário o produtor monitorar sua lavoura e acompanhar a ocorrência de esporos no site do IDR-Paraná e no site do Consórcio Antiferrugem, uma vez que o fungo se dissemina pelo vento”, alerta.

Ferrugem da soja
A ferrugem-asiática da soja foi identificada pela primeira vez no Brasil em 2001, e a partir de então é monitorada e pesquisada por vários centros públicos e privados. Segundo o Consórcio Antiferrugem, essa doença, considerada a mais severa da cultura, pode causar perdas de até 90% de produtividade se não controlada.

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