O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (7) que o governo federal vai ofertar a vacina contra a Covid-19 para toda a população brasileira "de forma gratuita e não obrigatória", desde que o imunizante tenha certificado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele disse ainda que o Ministério da Economia garantiu que não faltarão recursos para o atendimento de todos.
O anúncio do presidente foi no mesmo dia em que o governo de São Paulo informou que começará a imunizar a população do estado contra a Covid-19 em 25 de janeiro, dia do aniversário da capital.
Os primeiros a receber as doses da CoronaVac (vacina do laboratório chinês Sinovac que será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo paulista) serão profissionais de saúde e pessoas com mais de 60 anos (77% das mortes por Covid-19 no estado foram nessa faixa etária), além de indígenas e quilombolas.
O governo federal, por sua vez, só fechou acordo, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para adquirir a vacina produzida pela farmacêutica britânica AstraZeneca e pela universidade de Oxford. A vacina da Pfizer, que começa a ser aplicada nesta terça-feira (8) no Reino Unido, foi a princípio descartada pelo governo federal por precisar ser armazenada a -75°C.
A CoronaVac ainda está em fase final de testes. A expectativa do governo paulista é enviar a documentação final com os resultados da eficácia do medicamento para análise da Anvisa até semana que vem. Se a vacina for aprovada pela agência, como espera o governo paulista, a imunização pode começar imediatamente.
Bolsonaro já manifestou publicamente ter reservas quanto à vacina adotada pelo governo Doria e também com relação aos imunizantes em geral. Por ter contraído o novo coronavírus, em julho, ele disse recentemente que não tomará vacina contra a doença.