Com caso complexo, a Polícia Civil prossegue com as investigações e já tem suspeitos do assassinato de Karen Maria Ribeiro Zacarias, de 19 anos, em Chapadão do Sul, a 331 quilômetros de Campo Grande. O crime ocorreu em 2 de outubro deste ano, quando a jovem foi morta com um tiro na cabeça.
O delegado Felipe Machado Potter afirmou que o caso é complexo, pois “a vítima tinha envolvimento com muitas pessoas do meio criminoso e o universo inicial de suspeitos era grande”, mas a investigação, segundo ele, está avançando.
Durante os mais de dois meses, várias pessoas foram ouvidas e a polícia cumpriu três mandados de busca e apreensão. “Foram cumpridos mandados na casa de dois suspeitos e celulares foram apreendidos”, afirmou Potter.
Para a família, a dor aumenta a cada dia. “Está muito difícil para falar sobre o assunto ainda”, disse a mãe de Karen, a gerente financeira Maria Adriane Ribeiro, de 41 anos. Chorando, a mãe conta que a família está sem chão e procura respostas. “A dor só aumenta, não existe nenhum porquê, está todo mundo sem chão, meu pai, minha mãe, ela era alegria da casa, a mais brincalhona”, lembra.
Nem mesmo no quarto da jovem, a mãe conseguiu mexer. “O quarto dela está do jeito que ela deixou. Procurei a polícia e disseram que o telefone dela não foi desbloqueado ainda, não tem a arma do crime, para mim é muito difícil, eu só queria resposta”.
Na época dos fatos, Maria contou ao Campo Grande News que a filha iria se mudar do local onde foi encontrada morta. Karen cursava serviço social e estava morando no endereço da Rua Londrina, há cerca de uma semana, depois de ter saído da casa humilde onde vivia com os avós e dois irmãos. “Já estava tudo certo, ela ia morar com um primo na casa do avô. Eu já havia avisado ela que a casa ia ser desocupada, mas daí aconteceu isso”, conta.
O caso - Segundo registro da ocorrência, a jovem estava no colchão jogado no chão e havia poça de sangue na cabeça. Ela foi assassinada com tiro na cabeça, provavelmente, entre a noite de sexta-feira, 1º de outubro, e madrugada de sábado, 2. Também foi encontrado projétil danificado de revólver calibre 38.
O primo de Karen disse que foi até a casa da jovem depois de não receber respostas das mensagens enviadas e também atendendo ao pedido do namorado dela, traficante conhecido como “Caveira”. No entanto, segundo Maria, a filha não tinha namorado. “Até onde eu saiba, ela não estava namorando, estava sozinha”, completa.