Os laboratórios norte-americano Pfizer e alemão BioNTech se manifestaram nesta 4ªfeira (8) em um comunicado oficial que seus estudos preliminares apontam que a aplicação de três doses de sua vacina contra a covid-19 é eficaz contra a variante ômicron. O resultado é possível após um mês da terceira dose, os anticorpos aumentam em 25 vezes, e assim funciona da mesma forma que duas doses contra a cepa original do coronavírus.
"Embora duas doses da vacina ainda possam oferecer proteção contra forma grave causada pela cepa ômicron, a partir desses dados preliminares está claro que a proteção é melhorada com uma terceira dose", diz Albert Bourla, presidente executivo da Pfizer.
Os laboratórios também ressaltam que mesmo com a queda dos anticorpos, o imunizante segue protegendo contra as formas mais graves da doença e que estão monitorando a efetividade da vacina contra a nova variante.
"Garantir que o maior número possível de pessoas estejam totalmente vacinadas com as duas primeiras séries de doses e um reforço continua a ser o melhor curso de ação para prevenir a propagação de covid-19.", completa Bourla em comunicado oficial.
Apesar dos resultados preliminares, tanto a Pfizer quanto a BioNTech dizem que seguem coletando dados laboratoriais para avaliar e confirmar a proteção da vacina contra a ômicron.
"Nosso primeiro conjunto de dados preliminar indica que uma terceira dose ainda pode oferecer um nível suficiente de proteção contra doenças de qualquer gravidade causada pela variante ômicron", disse Ugur Sahin, cofundador da BioNTech.
Em caso de necessidade, os laboratórios poderão desenvolver uma nova vacina, adaptações da vacina atual, que proteja contra a nova variante a partir de março de 2022.
"Amplas campanhas de vacinação e reforço em todo o mundo podem nos ajudar a proteger melhor as pessoas em todos os lugares e a passar o inverno. Continuamos a trabalhar em uma vacina adaptada que, acreditamos, ajudará a induzir um alto nível de proteção contra a doença covid-19 induzida por Omicron, bem como uma proteção prolongada em comparação com a vacina atual", explica o executivo da BioNTech.