Foi detectado no Rio Grande do Sul, na cidade de Novo Hamburgo, uma nova mutação do coronavírus.
Foram 47 pacientes no Brasil infectados com essa nova linhagem do vírus, que no final de 2020 foi encontrada em pessoas no Rio de Janeiro.
"De fato ela guarda diferença de outras linhagens que permite que a gente diga, em diferentes análises, que ela é uma linhagem nova, autóctone, ocorrida primeira aqui no Rio Grande do Sul, e depois encontramos, em datas posteriores, em outros estados, como São Paulo", afirma o professor da Feevale, Fernando Spilki.
"Estamos complementado esse estudo com estudos in vitro, em laboratório, para determinar se o soro de pessoas vacinadas ou o soro de pessoas que se recuperaram da Covid-19 neutralizam essa linhagem. Os testes que nós temos hoje disponíveis em laboratório, para essa nova linhagem, específica gaúcha, funcionam, a gente consegue detectar o vírus com vários testes diferentes", explica.
Essa nova linhagem é 70% mais contagiosa e de acordo com pesquisas, ainda não se sabe se tem alterações no quadro clinico.
"Os dados infelizmente demonstram que há uma afinidade menor dos anticorpos, então é algo que, realmente, precisa ser monitorado, principalmente num futuro próximo, quando da introdução das vacinas, se, efetivamente, se as vacinas continuarão a dar a mesma proteção para essas linhagens", completa.
"Justamente por não termos um programa de vacinação amplo e imediato e estarmos dando espaço para o vírus evoluir é que nós estamos essa geração de novas variantes não só no exterior como tem ocorrido, mas principalmente aqui no Brasil", finaliza.