O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (9), apontou que os casos de Covid-19 correspondem a 69% das ocorrências de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) nas últimas quatro semanas epidemiológicas. O total de óbitos por vírus respiratórios também segue a mesma tendência: 92,22% foram em decorrência de Covid-19.
O documento reforça também a tendência de aumento dos casos. A análise referente à semana de 29 de maio a 4 de junho registrou 7,7 (6,9 – 8,6) mil casos de SRAG no país. "Em nível nacional, observa-se cenário claro de crescimento no número de casos semanais de SRAG associados á Covid-19 em todas as faixas da população adulta", aponta a Fiocruz.
Já nas faixas de 0 a 4 anos, os casos seguem fundamentalmente associados ao vírus sincicial respiratório (VSR), embora também se observe presença de Covid-19, rinovírus e metapneumovírus.
Diante do contexto, a Fiocruz ressalta a importância da dose de reforço da vacina e do uso de máscaras.
"É fundamental que a população retome certas medida simples e eficazes como o uso de máscaras, especialmente no transporte público, seja ele coletivo ou individual - tais como ônibus, trem, metrô, barcas, táxis e aplicativos. E quem ainda não tomou a dose de reforço da vacina da Covid, é preciso tomar. A vacinação é simplesmente fundamental", alerta o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.
Brasil no ranking de casos da OMS
Em um boletim divulgado nesta quarta-feira (8), a Organização Mundial de Saúde (OMS) apontou que o Brasil registrou o quarto maior número de casos de Covid no mundo na semana de 30 de maio a 5 de junho, com um aumento de 36% em relação à semana anterior. O número de casos registrados no Brasil correspondem a 7,15% dos mais de 3 milhões vistos em todo o mundo no período.
O país só ficou atrás de Estados Unidos, China e Austrália. O quinto maior número foi visto na Alemanha.
O Brasil também figurou entre os que tiveram a maior quantidade de óbitos na semana: 652, conforme o levantamento da OMS – ficando atrás somente dos Estados Unidos e da China. A Rússia e a Itália também ficaram entre os 5 países com mais mortes:
Apesar das posições, o monitoramento do consórcio de veículos de imprensa apontou que o mês passado foi o mês menos letal da pandemia no Brasil.