
Se hoje há uma necessidade de inclusão, antes houve uma exclusão. Devo incluir apenas o que está excluído. Certo?
Sendo assim, pergunto:
Em que momento houve a exclusão?
Quem excluiu?
Quando foi isso?
Por quê?
Vejam só: quando nasce um bebê, dizemos frases como essas:?
"Graças a Deus, veio saudável!"
"Ainda bem, é perfeito!"
Quando tive esse insight, chorei, chorei mesmo! Essas frases foram ditas por mim, quando meu filho nasceu, e também as repeti quando meus sobrinhos gêmeos nasceram.
"Eles são perfeitos!"
Neste momento, eu excluí aqueles que não nasceram dentro de um "padrão".
Na alegria incontida de celebrar a chegada dos MEUS, excluí os que não haviam chegado dentro desse "padrão".
Queridos, aí começa a exclusão! Neste momento, eu e você excluímos!
É como se fossemos escolher grãos de feijão, classificando os "bons" e os "ruins".
Acontece que nossos filhos não são grãos de feijão! Não os descartamos, embora a sociedade pretenda ignorá-los.
O que estamos fazendo nessa direção?
Isso é muito, muito triste!
Aquela criaturinha acaba de chegar na vida, e é dessa forma que ela é recebida. Com nossos olhares piedosos, limitantes e julgadores.
Precisamos rever nossos pensamentos e atitudes.
Vamos desconstruir esses tijolos rígidos e preconceituosos que ao longo da nossa existência insistimos em empilhar unindo-os com o cimento da ignorância.
FabielaSelle
Psicóloga/Psicoterapeuta
CRP14/04498-5
Instagram: @fabielaselle