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Domingo, 23 de novembro de 2025

Bolsonaro teve recorde de eventos militares antes de 7 de Setembro

O presidente Jair Bolsonaro intensificou os compromissos públicos com militares nos dias que antecederam as manifestações pró-governo de 7 de Setembro.

09 de set 2021 - 08h:16 Créditos: DAIANE SCHUINDT
Crédito: Assessoria

O presidente Jair Bolsonaro intensificou os compromissos públicos com militares nos dias que antecederam as manifestações pró-governo de 7 de Setembro.

Levantamento feito pelo Poder360, baseado na agenda pública divulgada pelo Palácio do Planalto, mostra que o chefe do Executivo foi a 9 cerimônias militares em agosto, maior número num mês até agora. E mais 2 eventos em setembro. Eis a evolução de participações de Bolsonaro, mês a mês, em cerimônias organizadas pelas Forças desde o início de seu mandato.

A intensificação dos compromissos militares na agenda do presidente acontece depois de um período de afastamento.

Em 2020, Bolsonaro havia reduzido suas participações nessas solenidades: 21 no ano inteiro. Até o começo de setembro de 2021, já são 30. O período mais longo sem participações nas cerimônias militares corresponde aos 2 últimos meses do ex-ministro da Defesa Fernando Azevedo no cargo.

Em março, o general deixou o ministério, e os 3 comandantes das Forças Armadas –Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica)– também saíram de seus postos.

A saída de Azevedo aconteceu às vésperas do aniversário do golpe militar de 1964, no dia 31 de março, data cuja comemoração pretendida por Bolsonaro era mais efusiva. O ex-ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, assim que migrou de pasta, disse que o movimento deveria ser compreendido e celebrado.

O episódio foi apenas 1 de uma série de descontentamentos do presidente com a falta de alinhamento de Azevedo às demandas do presidente. Bolsonaro chegou ainda a pedir ao ex-ministro a saída do comandante do Exército depois de ler uma declaração do então chefe do Departamento-Geral de Pessoal do Exército, general Paulo Sérgio, sobre a pandemia de covid-19.

O chefe do executivo se mostrou insatisfeito com Pujol. O ex-comandante da força terrestre, na avaliação do presidente, superdimensionou a pandemia de covid-19 e estava desconectado das principais bandeiras defendidas por ele. Uma delas: o general defendeu que as Forças Armadas não são instituição partidária nem de governo, indicando que militares devem se afastar das tarefas políticas.

Azevedo, porém, não teria acatado as ordens do chefe do Executivo. Durante todo esse período de entreveiro, a participação de Bolsonaro nos eventos militares, então, diminuiu.

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