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Segunda, 09 de junho de 2025

Representante dos Correios em MS critica proposta de privatização

Projeto está em tramitação no Senado Federal

09 de set 2021 - 18h:57 Créditos: Linckon Lopes
Crédito: Izaias Medeiros

Durante a palavra livre promovida na sessão ordinária da Câmara Municipal de Campo  Grande, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios de Mato Grosso do Sul, Elaine Regina de Souza Oliveira, utilizou a Tribuna para criticar a privatização da empresa. A proposta está em tramitação no Senado Federal e já foi aprovada na Câmara dos Deputados.

Para Regina de Souza todos os serviços de entrega serão prejudicados, em especial nas pequenas cidades. “Nossa energia e nossa água são privatizadas, e o que vemos? Valor mais alto. Será que a iniciativa privada vai estar nos pequenos municípios? Será que é interessante? Hoje, a iniciativa privada pode estar nessas cidades para fazer a entrega de encomendas, mas ela não vai. Ela não vê lucro nesses pequenos municípios. A população brasileira pode ser muito prejudicada com a privatização”, alertou.

O Projeto de Lei 591/21, do Poder Executivo, prevê a autorização para exploração por parte da iniciativa privada de todos os serviços postais. A proposta institui condições para a desestatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e remete a regulação do setor à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Segundo a presidente, a empresa sofre com o sucateamento e falta de funcionários. “Dizem que o Correio é deficitário, mas isso é mentira. O Correios nunca pegou 1 centavo da União, sempre foi superavitário, tendo inclusive no último período um lucro de R$ 1,1 bilhão. O setor de encomendas, o e-commerce, que está bombando, é aberto. Pela credibilidade e eficiência, os Correios lideram com 90% das entregas do e-commerce. Qual o argumento para privatizar?”, enfatizou Elaine Regina.

“Os Correios foram sucateados. De 1.700 trabalhadores, hoje atuamos com 1.200 e estamos fazendo o serviço, chegando a toda a população de Mato Grosso do Sul. Vamos a defesa dos Correios. Ele foi criado para fazer a integração nacional, universalização do serviço postal, independente da renda ou onde mora o cidadão. Não há argumentos que defendam uma privatização”, finalizou.

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