O auxílio emergencial e a queda de renda das famílias de classe média alta fizeram a população no meio da pirâmide de renda, a chamada Classe C, chegar ao seu maior patamar histórico.
Segundo estudo do economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social, chegou a 63% da população, ou 133,5 milhões de pessoas. O melhor momento tinha sido em 2014, quando alcançou 55,10%.
“Aumentou muito o auxílio emergencial, com uma dose cavalar de transferência. Em nove meses, representa nove anos do Bolsa Família. Com isso, 15 milhões de pessoas saíram da pobreza", afirma o economista.
Outro motivo citado por ele é que 4,8 milhões de pessoas da classe média alta (que tem rendimento per capita a partir de dois salários mínimos) perderam renda e desceram para Classe C.
"Essa classe média baixa, identificada com classe C, foi alimentada por boas notícias dos pobres e más notícias de quem estava acima."