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Quinta, 18 de abril de 2024

Governo quer zerar gases do efeito estufa até 2060

As autoridades querem U$ 10 bilhões para antecipar

09 de dez 2020 - 08h:57 Créditos: Roberta Ferreira
Crédito: Divulgação

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, anunciou ontem (8) que o Brasil assumiu o compromisso de zerar as emissões de gases do efeito estufa até 2060. A meta está incluída na Contribuição Nacional Determinada (NDC), um conjunto de metas que deve enviar à Convenção-Quadro das Nações Unidas para a Mudança Climática e que prevê que ações os países tomarão após 2020 para evitar ou mitigar os efeitos do aquecimento global.

No anúncio, Salles também disse que o Brasil poderá “considerar” antecipar essa meta se passar a receber US$ 10 bilhões por ano de países ricos.

A meta apresentada pelo Brasil é igual à da China, que recentemente anunciou que também pretende zerar as suas emissões dos gases do efeito estufa até 2060. Países da União Europeia, no entanto, anunciaram que pretende zerar as suas até 2050.

O anúncio feito por Salles não detalhou de que forma o Brasil pretende atingir essa meta. Os detalhes deverão ser apresentados hoje (9) pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Salles falou que o Brasil pode antecipar sua meta se passar a receber recursos internacionais por meio de mecanismos previstos no Acordo de Paris, entre eles, o pagamento por serviços ambientais.

O ministro não quis dizer para quando a meta poderia ser antecipada. Segundo ele, "só as condições do ano a ano é que determinarão".

Na avaliação do secretário-executivo do Observatório do Clima (grupo que agrega 56 ONGs que atuam na defesa do meio ambiente), Márcio Astrini, disse que a meta apresentada pelo Brasil é “fraca e vazia”.

“Essa meta é fraca porque ela não considera o que países desenvolvidos como os da União Europeia e Reino Unido já anunciaram, que é zerar as emissões até 2050. Isso tira o Brasil do jogo. E é vazia porque vem de um governo que incentiva desmatamento e queimadas. São dois anos de governo Bolsonaro e dois anos de aumento no desmatamento", afirmou Astrini.  


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