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Sexta, 22 de agosto de 2025

Soraya Thronicke reforça que CPI quer chegar a patrocinadores de atos antidemocráticos

Autora do requerimento para a criação da Comissão, senadora sul-mato-grossense disse que Senado precisa dar uma resposta à população

10 de jan 2023 - 16h:59 Créditos: Correio do Estado
Crédito: Reprodução

Após conseguir as assinaturas necessárias para apresentar o requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar os atos antidemocráticos praticados em Brasília (DF), a senadora Soraya Thronicke (União-MS) ressaltou o compromisso dos senadores e acredita que a iniciativa é importante no esforço que está sendo feito para identificar e punir, não apenas quem participou da invasão e da destruição do patrimônio nos Três Poderes, mas quem patrocinou tais atos.

“Nós precisamos identificar os financiadores e os estrategistas dessa malfadada tentativa de golpe e de derrubada da nossa democracia. É de extrema importância que o Senado Federal entregue ao povo brasileiro uma resposta. Cada órgão vai fazer a sua parte, mas, nós, de forma alguma poderíamos ficar inertes diante de tamanha aberração”, reforçou a parlamentar sul-mato-grossense.

Ela completou que a CPI também vai apurar a omissão dos agentes públicos diante dos ataques terroristas praticados contra os prédios públicos em Brasília. Sobre o fato de uma nova legislatura ter início no início de fevereiro, Soraya Thronicke reconheceu que agora há essa lacuna na legislação. 

“O fato é grave para apurar, mas, em breve, teremos uma mudança de legislatura, quase 1/3 dos membros do Senado Federal”, reconheceu.

A senadora revelou que isso a deixou em dúvida, porém, logo depois de redigir o requerimento de abertura de CPI e antes mesmo de protocolar no sistema para requerer as assinaturas dos senadores, ligou para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). 

“Ele me disse para ir em frente, pois uma mera formalidade não pode coibir a apuração de atos tão graves. Se for necessário, daqui um mês, nós vamos coletar novas assinaturas”, avisou.

Em andamento

Nesta terça-feira (10), o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, revelou que os órgãos responsáveis pela investigação do ato de vandalismo realizado no último domingo (8) no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal (STF), já identificaram alguns financiadores do ataque. 

Conforme públicado na Agência Brasil, durante uma agenda nesta manhã Dino relatou à imprensa que o perfil dos financiadores já identificados é variado, e envolve desde pequenos comerciantes a empresários do agronegócio e atiradores desportivos.

“Não é possível identificar um único segmento. O que posso afirmar é que a investigação está em curso; já foram feitas as primeiras individualizações [caracterizações da participação nos atos] e, com isso, haverá o prosseguimento que cabe: a aplicação das sanções previstas em lei”, acrescentou o ministro, que considerou o episódio do último domingo um “evento extremo, agressivo e violento”.

Até o momento, os identificados pertencem a dez unidades federativas. Segundo Dino, eles podem responder por associação criminosa e prática de crimes contra o Estado Democrático de Direito, pela tentativa de destituir um governo legitimamente eleito.

A invasão

No último domingo (8), vândalos vestindo as cores da bandeira - predominantemente o amarelo -, que se identificam como eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto, e o Supremo Tribunal Federal.

A depredação do patrimônio público foi amplamente transmitida pelos veículos de comunicação. Nas imagens, é possível ver vidraçãs quebradas, cadeiras espalhadas pela Praça dos Três Poderes, obras de arte danificadas e estruturas dos prédios danificadas.

As forças de segurança federal e local não impediram a invasão dos vândalos, apesar da Força Nacional ter sido convocada para atuar no centro de Brasília depois da ameaça do ato golpista.

Na segunda-feira (9), equipes já começaram a trabalhar na limpeza e restauraçaão dos prédios. O prejuízo total ainda não foi estimado.

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