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Domingo, 22 de dezembro de 2024

Pantanal corre o risco de ter incêndios piores neste ano

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10 de jul 2021 - 09h:35 Créditos: Roberta Ferreira
Crédito: Divulgação

Na comunidade ribeirinha de Barra de São Lourenço, no Pantanal de Mato Grosso do Sul, famílias que antes sobreviviam da pesca, da coleta de iscas vivas e da agricultura de subsistência dependem de doações para viver desde o ano passado, quando viram a região ser devastada pelas queimadas.

Em 2020, o Pantanal foi atingido pela maior tragédia de sua história. Incêndios destruíram cerca de 4 milhões de hectares. 26% do bioma - uma área maior que a Bélgica - foi consumida pelo fogo. Cerca de 4,6 bilhões de animais foram afetados e ao menos 10 milhões morreram.

Só no território de Mato Grosso do Sul, 1,7 milhão de hectares virou cinzas.  

No Mato Grosso, a destruição foi maior: quase 2,2 milhões de hectares.

A região ainda não se recuperou direito e corre agora o risco de reviver essa catástrofe e talvez numa escala até pior, segundo alerta de cientistas. A previsão é de um novo recorde de estiagem neste inverno. Somado a isso, o país vive uma crise hídrica, que também assola a região, com o nível dos rios mais baixo para essa época.

“Não tem isca, não tem pesca, o peixe está muito ruim porque as baias e os corixos [canais] estão todos impedidos porque estão secos. Não tem como o peixe ir e vir porque não tem circulação de água. A dificuldade é imensa. Vivemos das doações que recebemos. Tentamos plantar alguma coisinha, mas está difícil de ir para frente”.

Diante desse cenário, autoridades se mobilizam, capacitando e ampliando equipes de combate. No entanto, especialistas questionam a distribuição do efetivo.


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