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Quinta, 12 de dezembro de 2024

Traficante que autorizou morte dos meninos de Belford Roxo foi morto

queima de arquivo, segundo a polícia

10 de set 2021 - 14h:32 Créditos: DAIANE SCHUINDT
Crédito: Assessoria

Polícia Civil do Rio informou que o chefe do tráfico da comunidade Castelar, em Belford Roxo, pediu autorização para matar os meninos para o chefe da facção, mas não disse que se tratava de crianças.

As investigações mostraram que, depois da morte dos meninos, Willer da Silva, o Estala, foi executado no Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, como queima de arquivo.

“Os traficantes do Castelar mataram essas crianças autorizados pela cúpula da facção criminosa. O que a gente tem é que, quando pediu autorização para as chefias que estavam presas, do tráfico, para punir aquelas crianças, não foi falado que eram crianças”, explicou o secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski.

Os meninos Lucas Matheus, Alexandre e Fernando Henrique, que desapareceram em Belford Roxo na Baixada Fluminense, em dezembro do ano passado. Segundo a polícia, a repercussão do crime não agradou outros integrantes da facção criminosa.

A morte dele foi ordenada por Wilton Quintanilha, o Abelha, outro chefe da mesma facção criminosa que estava preso. A execução aconteceu depois que a polícia começou a avançar nas investigações. Ainda segundo a polícia, a morte das crianças foi por causa do furto de passarinhos.

A Polícia Federal afirmou que Abelha saiu pela porta da frente da cadeia, beneficiado pelo esquema de corrupção na Secretaria de Administração Penitenciária comandado pelo então secretário de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro.

Os meninos sumiram no dia 27 de dezembro do ano passado. Em janeiro deste ano, parentes dos meninos levaram um homem à delegacia. As famílias acusaram o rapaz pelo sumiço.

Mas os investigadores afirmaram que ele era inocente, e foi vítima de uma notícia falsa. Em março, o Ministério Público do Rio encontrou imagens de câmeras de segurança que mostravam os meninos passando por uma rua, perto de uma feira. Eram as últimas imagens deles antes do desaparecimento.

Na época, 17 suspeitos foram presos. A polícia não divulgou nenhuma informação que relacionasse às prisões ao caso.

Em julho, os investigadores receberam a informação de que os corpos dos três meninos teriam sido jogados num rio, e fizeram buscas na região.

Os agentes encontraram restos mortais num saco preto, mas exames de DNA concluíram que a ossada era de origem animal.



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