A menos de um mês das eleições, nem todos os que almejam uma cadeira no Legislativo, seja federal, seja estadual, tiveram a candidatura deferida.
Na corrida pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems), houve cinco renúncias e 18 impugnações. Já para deputado federal foram duas renúncias e seis indeferimentos.
Entre os candidatos a governador, a chapa liderada por Magno Souza (PCO), com Carlos Martins de vice, também teve o registro indeferido. Entre os suplentes, há ainda três indeferimentos.
Jerusa Bolsonaro (Pros) e Dr. Jamal renunciaram à candidatura para concorrer a uma cadeira na Câmara Federal.
O vereador Jamal Salém, Dr. Jamal, foi a primeira baixa do MDB. O postulante desistiu do processo eleitoral por ter sido incluído na ficha suja pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Ele disse ao Correio do Estado que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a condenação. Porém, a decisão da apelação deve durar quatro meses, segundo cálculos dele, então o parlamentar preferiu ficar fora da briga eleitoral.
Seis candidatos a deputado federal tiveram as candidaturas impugnadas, sendo três deles indeferidos com recurso, ou seja, candidatura não regular e com pedido de registro julgado indeferido, no entanto, há recurso interposto contra essa decisão e aguarda julgamento por instância superior.
Um desses casos é o de Sérgio Harfouche, filiado ao partido Avante.
O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) reconheceu a inelegibilidade do candidato em razão do não afastamento do promotor das atividades que desempenha na Procuradoria de Justiça dentro do prazo legal para a disputa do pleito deste ano, que acontece no dia 2 de outubro.
Harfouche afirmou ao Correio do Estado na semana passada que pediu a aposentadoria ao MPE “há dois anos” e que “há um ano move uma ação” contra a instituição, por conta da lentidão no processo.
Em 2020, o promotor tentou se eleger prefeito de Campo Grande, mas teve a candidatura indeferida pelo mesmo motivo. Ele chegou a ir a alguns debates e se dizer candidato, porém, não concorreu ao pleito daquele ano.
Renée Venâncio e Sargento Betânia, que se apresenta como “a sargenta do Bolsonaro”, ambos candidatos pelo PL, partido do presidente da República, também tiveram as candidaturas indeferidas com recursos.
O candidato Aparecido Carlos Bernardo, conhecido como Karlos da UCP, foi um dos que estavam em julgamento e teve a candidatura indeferida. Bernardo é braço direito do MDB e fundamental na campanha de André Puccinelli, que tenta voltar ao governo de Mato Grosso do Sul.
O TRE-MS manteve a decisão da 52ª Zona Eleitoral de Ponta Porã, que aplicou multa de R$ 6.923,24 e o considerou inelegível por oito anos.
O motivo é a doação de R$ 90 mil feita em 2020 a um candidato a prefeito em cidade do interior de Goiás, quando o limite legal era de R$ 69.232,45.
Miltinho Viana (Solidariedade) e Dr. Erney Barbosa (PTB) também tiveram as candidaturas impugnadas.
Estadual
Entre os concorrentes a deputado estadual, Rosângela de Werk, Professora Rosângela, que concorria pelo Patriota, partido da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, renunciou ao pleito. Assim como o colega de partido Jovani Batista da Silva.
O partido da candidata ao governo Rose Modesto, União Brasil, também apresentou duas renúncias, sendo a de Maisa Uemura e de Patrícia Maria dos Santos, conhecida como Patrícia da Saúde.
Clayton Siqueira (Podemos) e Caburé (Pros) também abriram mão da corrida eleitoral. Entre os indeferidos com recursos estão os candidatos Irene Tozzi (PL); Emerson Sapo (PL); Adriana Silva, Dri Silva (Solidariedade); e Beto Araújo (Avante).
Em decisão proferida de forma unânime pelo TRE-MS, o vereador Tiago Vargas, candidato a deputado estadual pelo PSD, teve o registro de candidatura indeferido, por ter sido expulso do serviço público após, segundo a decisão, ter cometimento de falta grave.
O polêmico candidato, que exercia a função de investigador da Polícia Civil, teve um processo administrativo contra ele aberto em decorrência de um suposto ato indisciplinar, em que durante um exame médico ele teria ofendido peritos e quebrado uma mesa a chutes.
O parlamentar disse que recorrerá e que sua candidatura continua firme.
Do mesmo partido que o candidato a governador Marquinhos Trad, o concorrente Jorge Ricardo Lauricio, conhecido como Dr. Jorge (PSD), teve a candidatura indeferida.
Do partido do candidato ao governo Adonis Marcos, o Psol, o TRE não deferiu o postulante Lucas Gabriel de Souza, conhecido como Luso.
O Rede teve dois candidatos indeferidos, sendo eles o Pr. Juliano Alexandre e Urias Rocha.
O partido de Renan Contar, Capitão Contar (PRTB), que concorre à vaga de governador, teve três indeferimentos: Professor Cecílio Pinto, Camila monteiro e Sumaira Pereira, conhecida como Enfermeira Sumaira.
José Carlos Pacheco, Zé Carlos da Maçã (MDB); Adelson Neves Anselmo, Sou Galã (Agir); Ronaldo Amaral (PTB); Felipe Tebet (Pros); Dr. David Olindo (Solidariedade); e Bruno Silveira, Cabo Silveira (Patriota), também tiveram suas candidaturas indeferidas.
Para governador, apenas a candidatura de Magno de Souza (PCO), assim como a do vice Carlos Martins, está aguardando julgamento.
Já em relação ao Senado, todas as candidaturas foram deferidas, porém, o primeiro-suplente do Psol, Marcio Benites, foi indeferido com recurso, José Alves (Agir) foi indeferido e Adriano Bezerra (Agir) está aguardando julgamento. Deusimar Alves (Pros), 2º suplente, também não teve a candidatura deferida.