A jovem Bruna Valeanu, de 24 anos, é a segunda vítima brasileira após ataques do Hamas, em Israel. Ela estava desaparecida e teve a morte confirmada por familiares. Natural do Rio de Janeiro, ela tinha dupla nacionalidade, era brasileira-israelense e participava do festival de música eletrônica, que acabou interrompido por um bombardeio.
O último contato de Bruna com a família foi no sábado (8/10), dia do ataque, por volta das 9h. Na ocasião, ela chegou a dizer que viu disparos e mortes à sua volta. Ela havia completado 24 anos no último dia 26 de setembro.
Em entrevista a irmã de Bruna, Nathalia Valeanu, declarou que torcia para que a jovem tivesse sido feita refém e mantida viva. “Sendo muito sincera, a minha melhor esperança é que ela tenha sido sequestrada. Porque se não, eu acho que é isso, ela não sobreviveu”, disse.
Desaparecida
A brasileira Karla Stelzer, de 41 anos, que tem nacionalidade israelense, também se encontrava no festival e segue desaparecida. Ela estava acompanhada do namorado, Gabi Azulay, que não foi mais visto desde o ataque contra a rave Universo Paralello. Karla é mãe de uma jovem de 19 anos, membro do exército de Israel.
“Alguém conhece esse casal? Sabem alguma coisa sobre eles? Eles estavam em uma festa no sul. Por favor, se alguém souber qualquer coisa ou tenha visto eles nos informe”, escreveu uma amiga da brasileira, no Facebook.
Participantes do evento precisaram correr pelo deserto para escapar das bombas e dos tiros.
Além de Bruna Valeanu, Ranani Glazer
O primeiro brasileiro vítima do ataque foi o gaúcho Ranani Glazer. Ele teve a morte confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Itamaraty, nesta terça-feira (10/10). O Itamaraty prestou solidariedade a familiares e amigos de Ranani, e reiterou “seu absoluto repúdio a todos os atos de violência, sobretudo contra civis”, por meio de nota à imprensa.
Natural de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Glazer vivia há sete anos em Israel. Ele tinha cidadania israelense e morava na capital, Tel Aviv, com amigos.
Com 24 anos, trabalhava como entregador e chegou a prestar serviço militar em Israel.