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Sábado, 21 de dezembro de 2024

Cadela morre enforcada em pet shop, denuncia tutora

Cachorra morreu enforcada após ser deixada presa pelo pescoço em cima de uma bancada da clínica.

10 de dez 2024 - 11h:12 Créditos: G1
Crédito: Cadela Hasha, que morreu enforcada em pet shop — Foto: Arquivo pessoal/Angélica Alves Fernandes

Hasha, uma cadela de quatro anos, morreu enforcada em um pet shop de Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. O caso foi compartilhado pela família da corretora de imóveis Angélica Fernandes, tutora do animal. A cadela teria sido deixada amarrada e sozinha enquanto os funcionários do estabelecimento saíram para almoçar.

Nas redes sociais, o pet shop My Pet disse que o funcionário envolvido no atendimento de Hasha foi desligado da empresa. O estabelecimento também lamentou a morte da cadela e disse que custeou integralmente o envio do corpo ao crematório. Hasha faleceu na terça-feira (3/12). O caso foi denunciado na Polícia Civil.

Além disso, o pet shop relatou que vai interromper o funcionamento porque o estabelecimento foi vandalizado. "Agradeço aqueles que nos prestaram apoio e confiam no nosso trabalho, mas infelizmente não nos sentimos seguros para continuar", frisa.

Pet shop custeou a cremação da cadela Haxa que teria morrido sob os cuidados do pet shop em Planaltina de Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Angélica Alves Fernandes
Pet shop custeou a cremação da cadela Hasha que teria morrido sob os cuidados do pet shop em Planaltina de Goiás — Foto: Arquivo pessoal/Angélica Alves Fernandes


Entenda o caso

A corretora de imóveis Angélica, tutora da Haxa, denunciou a morte de seu cadela por enforcamento no pet shop. Segundo ela, os funcionários teriam saído para almoçar e deixado o animal preso pelo pescoço em uma coleira em cima de uma bancada do estabelecimento no Setor Leste, em Planaltina de Goiás.

“Deixaram ela lá presa pelo pescoço, e aí com certeza ela escorregou, tentou pular”, diz a corretora.

Angélica relatou que o filho dela passou mal e precisou ser atendido em um hospital após encontrar a cadela morta no estabelecimento. “Quando [meu filho] chegou para buscar ela, a viu pendurada e correu desesperado. Pegou ela no colo, ainda tentando fazer alguma coisa, mas ela já estava sem vida. Já a tinha defecado, estava com a linguinha para fora, com os olhos para fora”, contou.

A corretora informou que, após o atendimento médico, o filho foi para casa. Ela registrou um boletim de ocorrência sobre a morte da cadela na Polícia Civil.

A reportagem tentou contato, nesta terça-feira (10), com o delegado José Mendes, responsável pelo caso, para mais informações sobre o andamento das investigações, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem. Anteriormente, ele explicou que a investigação está em fase inicial e que ninguém tinha sido ouvido, o que deve ocorrer nos próximos dias.

Veja a íntegra da nota do pet shop:

“Sou a proprietária e fundadora do pet shop e hoje venho a público com o coração profundamente entristecido para falar sobre o lamentável ocorrido em nosso estabelecimento. No dia de hoje, enfrentamos uma situação extremamente dolorosa: a perda de um cachorro sob os nossos cuidados, causada por negligência de um funcionário. Quero, antes de tudo, expressar minhas mais sinceras desculpas e sentimentos aos tutores do animal. Entendo que nenhum gesto pode reparar essa perda, mas gostaria de garantir que estamos fazendo todo o possível para lidar com as consequências deste trágico episódio. Assim que tomei ciência do ocorrido, medidas imediatas foram tomadas. O funcionário envolvido foi advertido, nos próximos dias outras medidas serão tomadas, e estamos revisando nossos protocolos de treinamento e supervisão para garantir que algo assim jamais volte a acontecer.

Além disso, nosso compromisso foi honrar a dignidade do animal. Custeamos integralmente o envio do corpo ao crematório, uma pequena atitude que, naquele momento, era o mínimo que poderíamos fazer. Desde então, temos buscado entrar em contato com os tutores para oferecer o devido apoio emocional e qualquer outra assistência que possa aliviar, ainda que minimamente, essa situação. Na condição proprietária do local, busco sempre estar presente e monitorar todos os procedimentos que são feitos nos pets, porém hoje, infelizmente, não pude estar na empresa porque estou de resguardo e tive que cuidar dos meus dois filhos pequenos.

Em relação à continuidade do funcionamento do pet shop após o incidente, gostaria de esclarecer que decidimos não fechar as portas naquele momento porque outros animais sob nossos cuidados aguardavam tratamentos e atendimentos que não poderiam ser adiados sem comprometer o bem-estar deles. Essa decisão foi tomada com base na nossa responsabilidade com todos os pets que estavam sob nossa responsabilidade neste dia. Por fim, quero reforçar que este pet shop foi criado com o propósito de oferecer um cuidado especial e humanizado aos animais que são parte fundamental da vida de tantas pessoas.

Este compromisso permanece, e estamos dedicados a reconstruir a confiança de nossos clientes e da comunidade, trabalhando incansavelmente para que nunca mais haja um incidente dessa natureza. Agradeço pela compreensão e reitero o meu mais profundo pesar. Estamos à disposição para quaisquer esclarecimentos e comprometidos com a melhoria constante de nossos serviços. O funcionário já foi desligado da empresa, terei que parar com o funcionamento por segurança minha, da minha equipe e dos pets que estavam agendados porque o estabelecimento foi vandalizado e nos sentimos ameaçados. Agradeço aqueles que nos prestaram apoio e confiam no nosso trabalho, mas infelizmente não nos sentimos seguros para continuar”.

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