Crédito: Lívia Bezerra A 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande desclassificou o crime de homicídio para lesão corporal seguida de morte no caso de Adailton Cabreira Santana, morto a facadas pela companheira em março deste ano, no Jardim Aeroporto.
A acusada, de 46 anos, estava em liberdade desde abril e havia sido denunciada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) por homicídio simples. O juiz Aluizio Pereira dos Santos entendeu que não havia intenção direta de matar, já que a mulher desferiu apenas um golpe e tentou estancar o sangue da vítima após a agressão.
Segundo o magistrado, “não é suficiente apenas utilizar uma arma eficaz; deve estar patente a vontade de matar”. Testemunhas relataram ainda que Adailton era violento com a companheira, e episódios anteriores de agressão foram registrados.
Com a desclassificação para crime não doloso contra a vida, a acusada não será submetida a júri popular, mas o caso seguirá na Vara do Tribunal do Júri, onde será julgado pelo juiz.
Contexto da ocorrência
Adailton, auxiliar de pedreiro, morreu em 8 de março após ser esfaqueado no pescoço. Vizinhos relataram que o casal brigava com frequência e que naquele dia haviam consumido bebida alcoólica. A família da acusada e da vítima também deu depoimentos à polícia sobre as agressões anteriores e a dinâmica do episódio.
O caso segue sendo acompanhado pela Justiça, e a decisão da Vara do Tribunal do Júri define que o julgamento ocorrerá sem a participação de jurados populares.



