Menu
Quinta, 18 de dezembro de 2025

Governo cria mecanismo para reequilíbrio de estatais não dependentes

Decreto permite planos financeiros com aporte futuro do Tesouro, mantendo empresas longe da classificação de dependência.

10 de dez 2025 - 09h:46 Créditos: Redação, com informações do Midiamax
Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O governo federal publicou nesta terça-feira (9) um decreto que permite que estatais federais não dependentes em dificuldades operacionais apresentem planos de reequilíbrio econômico-financeiro, com possibilidade de aporte futuro do Tesouro. O objetivo é criar um mecanismo estruturado para que empresas enfrentem desafios conjunturais sem serem automaticamente classificadas como dependentes do Tesouro Nacional.

De acordo com o Ministério da Gestão, o plano deve apresentar medidas de ajuste nas receitas e despesas, garantindo a melhoria das condições financeiras e a manutenção da não dependência da empresa. A aprovação passa por avaliação dos Conselhos de Administração e Fiscal, análise técnica pelo ministério supervisor e decisão final da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR). O acompanhamento da execução será semestral.

O decreto altera norma de junho de 2025 que regulamenta a transição entre estatais dependentes e não dependentes. Segundo o governo, a medida evita que eventuais aportes se convertam em subsídios permanentes, incentivando a empresa a buscar o equilíbrio financeiro dentro do prazo definido.

Situação dos Correios

Os Correios acumulam prejuízo de R$ 6,05 bilhões até setembro e negociam empréstimos bilionários com bancos para cobrir perdas, financiar Programa de Demissão Voluntária (PDV), investir e regularizar dívidas com fornecedores.

O Tesouro Nacional ainda não aprovou o empréstimo de R$ 20 bilhões, alegando que os juros oferecidos de 136% do CDI estão acima do limite de 120% do CDI. O governo também avalia aporte adicional à estatal em 2025, mas o valor ainda não foi definido e pode ser inferior a R$ 6 bilhões.

Para que os Correios voltem a registrar lucro em 2027, o plano de reestruturação prevê ajustes entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões, envolvendo cortes de despesas e aumento de receitas.

Deixe um comentário


Leia Também

Veja mais Notícias