Em Mato Grosso do Sul, o PSDB e o União Brasil não darão palanque para seus candidatos a presidente da República durante a campanha eleitoral deste ano.
Essa foi uma das principais matérias publicadas ontem pelo portal Uol, controlado pela Folha de São Paulo.
A ex-ministra da Agricultura, deputada federal Tereza Cristina, foi a principal articuladora dessa aliança de apoio à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ela, como dirigente do PP, fechou coligação oficial com o PSDB para apoiar Eduardo Riedel ao governo do Estado. Nessa parceria, Tereza Cristina será candidata ao Senado.A rebeldia do PSDB é um caso isolado e mostra a força do bolsonarismo em Mato Grosso do Sul.
A ex-ministra apostou nessa aliança para não só ajudar na reeleição de Bolsonaro, como expandir os representantes do agronegócio nos governos estaduais e no Congresso Nacional.
A deputada federal já era a principal liderança do agronegócio no País antes mesmo de ser ministra. E Riedel é ex-dirigente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul). Portanto, será mais um integrante do setor produtivo na disputa pelo governo do Estado.
O atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) tem, também, origem no agronegócio e é o responsável pela indicação de Riedel para concorrer à sua sucessão.
MUDANÇA DE LADO
O governador Reinaldo Azambuja, principal líder do PSDB no Estado, apoiou o seu então colega do Rio Grande do Sul Eduardo Leite nas prévias do partido.
O ex-governador gaúcho acabou derrotado pelo ex-governador de São Paulo, João Doria, para ser indicado candidato a presidente da República.
Essa falta de identificação levou Azambuja a virar as costas para Doria e a abrir as portas para Bolsonaro.
O maior gesto dessa aliança ocorreu em Ponta Porã, na entrega de títulos de terra para o homem do campo. Riedel foi o único pré-candidato a governador a ficar ao lado de Bolsonaro no palanque.
SAIBA
Apesar de os tucanos terem candidatura própria à Presidência, em MS, contarão com o apoio de Bolsonaro.