De janeiro a maio deste ano, o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) já acumulou 28.404 infrações pelo não uso do cinto de segurança, sendo 26.583 que o condutor deixou de usar e 1.821 o passageiro. Os dados foram divulgados após a morte de Kelly Rodrigues dos Santos, arremessada durante capotagem na BR-463, em Dourados, no domingo (9).
O acidente aconteceu próximo ao trevo de acesso ao Aeroporto Francisco de Mattos Pereira, entre Dourados e Ponta Porã. Um dos pneus do Volkswagen Virtus estourou, fazendo com que o motorista perdesse o controle da direção. Na sequência, o carro capotou várias vezes, até parar com as rodas para cima.
A vítima ocupava o banco traseiro e estava sem cinto, segundo as autoridades. Ela foi arremessada para fora do carro durante a capotagem e morreu no local. Outras três pessoas foram socorridas com vida ao hospital de Dourados.
Uso - Obrigatório há 27 anos, o uso do cinto de segurança ainda é negligenciado pela população. O dispositivo é fundamental para a proteção da vida e para minimizar as consequências de sinistros de trânsito.
Dados do Instituto de Segurança no Trânsito apontam que o uso do cinto reduz o risco de morte em cerca de 50% em caso de colisões.
A decisão de não usar o cinto de segurança, no entanto, tem implicações legais e é considerada uma infração de trânsito prevista no artigo 167 do Código de Trânsito Brasileiro. O não uso, seja pelo condutor ou pelo passageiro do veículo é considerado uma infração grave, com aplicação de multa no valor de R$ 195,23 e perda cinco pontos na carteira de habilitação.