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Quarta, 10 de setembro de 2025

Preso por desviar verba de crianças na APAE é solto com tornozeleira

Paulo Henrique Muleta, recebia 4% de propina na compra de materiais médicos para os doentes da entidade.

11 de jul 2025 - 08h:40 Créditos: TopMídiaNews
Crédito: Muleta foi preso por tentar fugir para Itália / Reprodução Apae Brasil

Paulo Henrique Muleta Andrade conseguiu habeas corpus e ficará em liberdade, mediante uso de tornozeleira eletrônica, em Campo Grande. Ele é acusado de desviar recursos para a APAE, na Capital. 

O antigo diretor da instituição que atende público com deficiência intelectual e física havia sido preso em 11 de março deste ano. Segundo a acusação, o ex-dirigente planejava fugir para a Itália, por isso estava em busca de cidadania italiana. 

A liberdade foi concedia pelo desembargador Emerson Cafure, relator do pedido e o monitoramento será por, no mínimo 90 dias. 

O réu terá de obedecer restrições impostas nesses casos como comparecimento periódico ao juiz, ficar em casa à noite e aos finais de semana, se ausentar da comarca e manter contato com outros investigados.   

O caso 

A Operação Turn Off, do Ministério Público Estadual, revelou que um dos gestores da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), Paulo Henrique Muleta, recebia 4% de propina na compra de materiais médicos para os doentes da entidade. O dinheiro era de convênio da instituição com a gestão passada do Governo do Mato Grosso do Sul. 

A ação descobriu que Muleta era coordenador técnico do Centro Especializado em Reabilitação e Oficina Ortopédica da instituição. As tratativas de Paulo Henrique com o comando da organização iniciaram em 2019.

O convênio entre o Governo e a instituição que cuida de crianças especiais foi assinado em 9 de novembro de 2020 e contou com a presença do então secretário de Saúde, Geraldo Resende e até do então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. 

Propina

A Turn Off diz que  os envolvidos direcionaram compras de materiais para os atendidos na APAE para as empresas dos investigados e irmãos Lucas Andrade Coutinho, Sérgio Duarte Coutinho Júnior. Ficou acertado que Muleta receberia 4% dos valores das vendas efetuadas para a instituição que ele deveria zelar. 

Ponto importante a ser destacado é que com receio de transferir a propina diretamente para conta bancária da esposa de Paulo Henrique, os investigados Sérgio e Lucas definiram que o dinheiro do crime seria pago em dinheiro vivo, feita em 16 de julho de 2019. 


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