Moradores de várias cidades no sul do Rio Grande do Sul registraram "chuva preta" nesta terça-feira, 10. Municípios como Arroio Grande, São Lourenço do Sul, Pelotas e São José do Norte foram afetados pelo fenômeno,
Segundo o Centro de Pesquisas e Previsões Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), a fuligem das queimadas que se espalham pelo Brasil se misturou com a chuva, o que resultou na coloração escura da precipitação.
De acordo com a Clima tempo, o fenômeno também foi observado em cidades do norte do Uruguai, na fronteira com o Rio Grande do Sul.
A previsão meteorológica indica que o fenômeno pode ocorrer em outras partes do Estado nos próximos dias, devido à continuidade das queimadas e ás condições meteorológicas.
Sul pode ter novos episódios de "chuva preta"
Ainda de acordo com a Climatempo, durante entre esta quarta, 11, e sexta-feira 13, a previsão ainda é de chuva no Sul do Brasil devido ao deslocamento de uma frente fria no Sul do Brasil. Por isso, novos episódios de "chuva preta" podem ocorrer nos três Estados.
Esse cenário é resultado de uma combinação de fatores meteorológicos adversos, como a redução da umidade do ar, ondas de calor e bloqueio atmosférico, conforme alertado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Em Porto Alegre, o sol com tons alaranjados em contraste com o céu cinza tem chamado atenção dos moradores. Isso ocorre devido à interação dos raios solares com a fumaça das queimadas florestais que chegaram ao Estado.
A qualidade do ar em Porto Alegre nesta terça-feira, 10, foi classificada como "insalubre" pela empresa suíça IQ Air.
O ranking varia entre "Bom", "Moderado", "Insalubre para grupos sensíveis", "Insalubre", "Muito insalubre" e "Perigoso".
A concentração de particulas de até 2.5 micrômetros (PM2.5) na capital está quase 12 vezes acima do indice recomendado pelas diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Essas partículas são extremamente pequenas e podem ser inaladas e penetradas profundamente nos pulmões. Isso pode resultar em problemas respiratórios, como bronquite e asma, além de doenças cardiovasculares devido ao aumento da pressão arterial.