Em Coroatá, cidade do interior do Maranhão, um pastor chamado Natanael Diogo, auxiliar da Assembleia de Deus foi parar na delegacia na noite de ontem (10). Pois uma juíza reclamou do barulho. Uma participante do culto também foi levada pelos policiais.
O acontecido foi por volta das 19h, quando fiéis se reuniam em um culto ao ar livre em um local próximo da casa da magistrada Anelise Nogueira Reginato, diretora do Fórum da Comarca da cidade.
De acordo com o pastor Diogo, a magistrada pediu que o volume do som fosse reduzido, o que foi atendido pela igreja, mas ela teria retornado ao achar que o volume teria sido alterado novamente.
“Eu saí, mandei o sonoplasta abaixar o som, quando de repente ela entendeu que nós abaixamos o som e voltamos a aumentar novamente. Imediatamente chegaram os policiais constrangidos”, relatou o pastor.
O pastor foi liberado cerca de uma hora e meia depois, porque não havia delegado no local. E nesta manhã (11) o líder religioso voltou para a delegacia para esclarecer os fatos.
Segundo os membros da igreja a mulher teria praticado “intolerância religiosa” e por isso foi feita uma manifestação pelo município.
O pastor presidente da Convenção das Assembleias de Deus do Estado do Maranhão, Pedro Aldir Damasceno, enviou hoje um advogado para acompanhar o caso. A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) também se posicionou sobre o ocorrido e declarou que apresentará reclamação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para apurar a conduta da magistrada.
“Pedirei afastamento da juíza. Nossas leis garantem liberdade de culto”, completou.
A polícia falou que o homem não deverá responder criminalmente e a juíza ainda não deu declaração.