Crédito: Veja Folha Um homem de 35 anos, natural de Rio Verde de Mato Grosso, está sendo acusado de assediar, importunar e perseguir mulheres em São Gabriel do Oeste (MS). Até o momento, sete boletins de ocorrência foram registrados na Polícia Civil, mas mais de 20 mulheres relataram ter sido vítimas de mensagens abusivas, perseguições e ameaças.
Grande parte das vítimas são esteticistas e fisioterapeutas que afirmam ter recebido mensagens de cunho sexual. O caso ganhou repercussão depois que uma esteticista publicou nas redes sociais prints e áudios enviados pelo suspeito, que se identificava como caminhoneiro e fazia pedidos explícitos de “massagens relaxantes masculinas”.
Após a publicação, diversas mulheres entraram em contato com ela relatando experiências semelhantes. Uma das vítimas, moradora de Jardim, afirmou ter sido perseguida pelo homem depois de recusar o atendimento.
Segundo o relato da primeira denunciante, o suspeito utiliza vários números de telefone e raramente revela sua identidade verdadeira.
“Ele nunca se identifica. Descobri, com a ajuda de um amigo policial, que ele já tinha passagens por estupro e abuso. Quando o bloqueava, ele voltava com outro número”, contou.
A mulher afirmou receber mensagens do mesmo homem desde 2023. Após expor o caso publicamente, seu relato viralizou e pelo menos 13 mulheres a procuraram em um único dia.
Os comportamentos relatados incluem ameaças, insultos e xingamentos. Em alguns casos, o suspeito teria dito frases como “quando você morrer, vai levar terra na cara”, o que as vítimas interpretaram como ameaças de morte.
Uma profissional relatou um episódio considerado “traumático”, em que o homem marcou um atendimento e, durante a sessão, se masturbou diante da massagista. A mulher interrompeu o serviço e o expulsou do local, mas continuou a receber mensagens insistentes após o ocorrido.
Diante da situação, as vítimas criaram um grupo de apoio e passaram a registrar os casos formalmente. Somente na última semana, cinco denúncias foram oficializadas na Delegacia de São Gabriel do Oeste, que investiga o caso. A Polícia Civil orientou que as vítimas podem registrar as ocorrências de forma sigilosa, para evitar exposição.



