O Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito) afirmou em entrevista coletiva nesta quinta-feira (12), que 21 mil proprietários de veículos passaram pelo processo de mudanças nas documentações que envolve a exigência de ter a nova placa Mercosul. Deste número, cerca de 3 mil ainda não procuraram as empresas responsáveis pelo emplacamento.
O problema em não efetuar a troca pode acarretar em problemas futuros para os motoristas. De acordo com o novo diretor-presidente do órgão estadual, Rudel Trindade, o veículo que não estiver com a nova placa, que está em vigência desde o início de fevereiro, pode chegar até ter o carro recolhido.
Os motoristas que forem pegos em blitz nos horários normais, vão poder acionar uma empresa de emplacamento para preparar a troca e arcar com os custos. No entanto, caso a blitz seja no período da noite, os motoristas terão o carro recolhido, sofreram 4 pontos na carteira de motorista, multa de R$ 130,16 e vão arcar com o guincho e a locação do pátio do Detran-MS.
Caução de R$ 500 mil e poucas empresas
Os problemas envolvendo as placas Mercosul vão desde o preço cobrado – MS chegou a ter o preço mais alto do país, com o par de placas custando até R$ 300 – a irregularidade do processo de credenciamento das empresas, que teria contrariado uma norma do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) e exigido um caução de R$ 500 mil às empresas candidatas ao credenciamento.
A exigência de meio milhão de Reais às empresas – que, segundo o órgão, seria uma garantia contra eventuais calotes por utilização do sistema do Detran-MS – pode estar relacionado a baixo número de empresas no mercado e possibilitaria a prática de preços mais altos, devido a baixa concorrência.
Desta forma, o entendimento público foi de que tanto os altos preços das placas como a exigência do “pedágio” de R$ 500 mil – que contraria a resolução do Denatran – poderiam estar relacionados. Na ocasião, o órgão nacional afirmou que abriu procedimento preliminar para checar irregularidade na exigência do caução.
*Midiamax