Crédito: TV Brasil O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), disse nesta 4ª feira (12.abr) que "o Brasil vai ter um crescimento forte e sustentável". A declaração foi feita na abertura do Abdib Fórum 2023, em Brasília.
Após fazer a afirmação, Alckmin ressaltou que "duas propostas importantíssimas serão analisadas pelo Congresso. Uma reforma tributária, que vem de décadas. Nós temos o sistema tributário mais ilógico e caro do mundo. Simplificar cinco tributos de consumo. Aliás, tudo no Brasil está em cima de consumo, por um só tributo, simplificar, reduzir custo Brasil, reduzir burocracia, e estimular investimentos. Estimula exportação".
Segundo ele, a reforma "traz eficiência econômica". A outra das duas propostas é a ancoragem fiscal. "Há sempre uma preocupação com a questão da dívida, mas nós tínhamos um modelo, talvez até bem intencionado, mas que no fundo acabava com o investimento. Na prática é investimento zero. Não é possível o país crescer sem investimento. É ele que atrai mais investimentos e melhora a competitividade. E especialmente infraestrutura", pontuou.
Ainda nas palavras do presidente em exercício, "se não tem boa infraestrutura, não tem competitividade. Vai ser mais caro. E gera muito emprego você construir essa boa infraestrutura. Ela exige investimento público e privado. Investimento público sempre você tem espaço para isso. Então a nova ancoragem fiscal é inteligente, porque ela estabelece rigor nos gastos públicos, a curva da dívida vai cair, ela traz a curva para uma redução, e por outro lado ela não é cíclica, ela é anticíclica".
Alckmin afirmou, posteriormente, que "três coisas são impactantes" no desenvolvimento do país: juros, imposto e câmbio.
"O câmbio está bom, só precisa estar estável. Ele é competitivo, extremamente competitivo. O imposto vai melhorar com a reforma tributária. Não vai cair, porque neste momento não pode cair, mas vai simplificar e vai estimular a atividade produtiva. E o crédito tenho confiança de que nós vamos entrar com a ancoragem fiscal numa redução gradual da taxa Selic, proporcionando um crédito melhor. E buscar outras formas de a gente amparar o crédito, especialmente com fundos garantidores".
O Fórum 2023 - Avanços na Infraestrutura e Reindustrialização é promovido pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). Os temas dos painéis incluem a Segurança Jurídica na Infraestrutura, o esforço pela Reindustrialização do País e discussões setoriais sobre Transporte e Logística, Transição Energética, Saneamento e Coleta de Resíduos Sólidos e o avanço da infraestrutura social no país.
Em entrevista a jornalista logo após o término de sua participação no evento, Alckmin falou sobre diferentes temas, incluindo a inflação e o futuro programa de infraestrutura do Governo Federal.
´´Não pode ter inflação. Porque a inflação não é socialmente neutra. Ela tira do mais pobre e passa para o mais rico. Então a queda da inflação é muito importante e ajudará na política monetária, que é a redução do custo do dinheiro. Esse é um fator fundamental para a atividade econômica", pontuou. "O que eu sinto aqui na Abdib, que é a indústria de base, infraestrutura, de máquinas, que é a indústria das indústrias, é otimismo. Há um otimismo em que nós vamos ter a reforma tributária", complementou.
Alckmin disse que o governo lançará "um grande programa de infraestrutura, um grande programa de desenvolvimento, com investimento público e privado, concessões e PPPs". De acordo com ele, ainda não há um nome definido, "mas a ideia é um grande programa, que envolve infraestrutura, inclusão digital e conectividade, envolve área social, você tem que fazer também obras, integração de vários modais de transporte, enfim, mobilidade urbana, habitação".
Questionado se existe a possibilidade de a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, deixar o cargo e haver uma reforma ministerial, dado o movimento dela feito por ela para deixar o União Brasil, o presidente da República em exercício afirmou não haver qualquer hipótese de reforma ministerial. Por fim, Alckmin disse que o texto da novo arcabouço fiscal, previsto para ser entregue ao Congresso na semana que vem para tramitação, não tme mudanças significativas em relação à versão já apresentada.
