A produção nacional de grãos deve alcançar 271,7 milhões de toneladas na safra 2020/2021, uma perda de 2,1 milhões de toneladas em relação à projeção de abril, mas, ainda assim é uma quantidade recorde e maior do que a temporada passada.
As estimativas são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estatal responsável por gerir políticas agrícolas e garantir o abastecimento de alimentos à população do Brasil.
"A redução deve-se, sobretudo, ao retardamento da colheita da soja e, como consequência, o plantio de grande parte da área do milho segunda safra fora da janela ideal, aliado à baixa ocorrência de chuvas. Portanto, já há redução na produtividade esperada do cereal", informou a estatal nesta quarta-feira (12).
Com os atrasos, a projeção para a colheita de milho segunda safra teve redução de 3,4% em relação ao previsto em abril, para 79,8 milhões, volume que é, no entanto, 6,3% maior do que foi colhido na safra passada. No total, a colheita do milho deve alcançar 106,4 milhões de toneladas.
Apesar da diminuição da projeção, a Conab diz que o volume será "suficiente para garantir o abastecimento nacional" e cumprir os contratos de exportação.
A soja mantém o seu destaque, com uma produção recorde estimada em 135,4 milhões de toneladas, 8,5% ou 10,6 milhões de toneladas superior à da safra 2019/20.