Os suboficiais Ramón B. Vargas Espinoza, da Diretoria de Polícia de Ñeembucú, e Félix A. Ayala Caballero, do Departamento Judicial da Polícia Nacional, têm depoimentos marcados para o próximo dia 30 de agosto. Eles são acusados de proteção ao traficante José Luis Bogado Quevedo.
Nascido no Paraguai, Quevedo usava identidade falsa do Mato Grosso do Sul, em nome de José Luiz Bogado Gonzalez, 37, emitida pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública, quando deu entrada em hospital particular de Assunção. Ele foi ferido durante ataque em uma festa onde duas pessoas foram mortas, entre elas, a influenciadora digital Cristina Vita Aranda.
Segundo informações da Polícia Nacional, o RG foi emitido com base em certidão de nascimento falsa do cartório de Sanga Puitã, distrito que faz parte do município de Ponta Porã. Durante as investigações, foi constatado que o traficante respondia a 34 processos judiciais no Brasil.
O que chamou a atenção na época da sua prisão após deixar o hospital é que nenhuma vez o mandado judicial internacional contra o falso brasileiro foi entregue, uma vez que foram apagados do sistema de dados pelos suboficiais. Ao todo, segundo informações do site Hoy, foram feitas 27 tentativas não cumpridas.
Segundo o Ministério Público do Paraguai, os promotores mostraram que esses dois policiais estavam modificando desde 2018 o mandado de prisão internacional para fins de extradição que pesava contra José Luis Bogado Quevedo. Ele foi baleado em um festival de música na cidade de San Bernardino.