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Segunda, 28 de julho de 2025

Globalização, Fronteiras e Suas Consequências

Atualmente a mobilidade tornou-se o fator de estratificação mais poderoso e cobiçado

12 de out 2021 - 17h:48 Créditos: Daiane Schuindt
Crédito: Assessoria

Atualmente a mobilidade tornou-se o fator de estratificação mais poderoso e  cobiçado, construindo e reconstruindo a nova hierarquia globalizada, criando  um tipo de proprietário ausente, preocupado em extrair os tributos e lucros,  deixando os subalternos à própria sorte. 

Conforme  Zygmund Bauman a realidade das fronteiras sempre foi um fenômeno de classe, os  ricos do passado eram mais cosmopolitas, e tinham uma “cultura própria,  que desprezava as fronteiras que confinavam as classes inferiores”. (1999, p. 20). 

Na qual os poderosos não precisam ser fortes, eles só precisam estar isolados, garantidos pela segurança, inacessíveis aos locais. 

Ainda de acordo com Bauman “Se a nova  extraterritorialidade da elite parece uma liberdade intoxicante, a  territorialidade do resto parece cada vez menos com uma base doméstica e  cada vez mais como uma prisão” (p. 31). A velocidade que criou a  mobilidade produziu liberdade para alguns e confinamento para outros. 

Desta forma note-se que na organização do espaço “o que é legível para alguns  pode ser obscuro e opaco para outros” (Bauman, 1999, p.36) como exemplo a violência marcada de Gênero, na qual muitas mulheres percebem as formas de violência e opressão e outras apenas não dissimula esses fatores em sua vida ou socialmente.

 Assim, a universalização queria tornar o mundo  melhor e expandir as mudanças em escala global, tornar as condições de  vida semelhantes, “talvez mesmo torná-las iguais” (BAUMAN, 1999, p. 67). 

Sendo o movimento rápido  a essência da globalização, não havendo mais fronteiras naturais e lugares óbvios para o perigo, principalmente para o sexo mais frágil.

Por isso a espetaculosidade, versatilidade, severidade e disposição das operações punitivas importam mais que a sua eficácia”, importa mais que a quantidade de crimes  detectados e reportados e serve para “ocupar a atenção do público com os  perigos dos crimes e da criminalidade” (Bauman, p.1999, p127-128).

Créditos: Daiane Schuindt




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