Crédito: Reprodução/Redes Sociais A expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será reeleito em 2026 avançou entre deputados federais, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira (12). Em dezembro, 43% dos parlamentares veem Lula como favorito, alta em relação aos 35% registrados em junho. Já o grupo que acredita que o petista não vencerá o pleito caiu de 50% para 42%, revelando um cenário dividido na Câmara.
O movimento ocorre após a imposição de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros, episódio em que 49% dos deputados avaliam que Lula tem reagido adequadamente. O petista também apresentou melhora nas pesquisas de opinião, fator citado como influência no levantamento.
Mesmo assim, parlamentares ligados ao centro político mantêm a aposta em uma vitória da oposição — mesmo sem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para 58% dos deputados, o apoio de Bolsonaro ainda fortalece o campo oposicionista, mas alternativas são possíveis: 55% dos independentes e 57% dos deputados de centro acreditam que a direita pode vencer sem a participação direta do ex-mandatário.
A relação entre o Legislativo e o Planalto segue predominantemente negativa. Metade dos deputados avalia o vínculo com o governo como ruim, enquanto 31% classificam como regular e 19% como positivo. A percepção geral da gestão, porém, mostra leve melhora: a avaliação positiva subiu de 27% para 38%.
No ranking ministerial, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, aparece como o mais bem avaliado, com 59% de opiniões favoráveis. Na outra ponta, Rui Costa (Casa Civil) registra 43% de avaliação negativa. Outros ministros com melhor desempenho incluem Alexandre Padilha (Saúde), Sidônio Palmeira (Comunicação), Simone Tebet (Planejamento) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). Já Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) acumulam índices de avaliação negativa superiores aos positivos.
O Supremo Tribunal Federal também enfrenta críticas: 49% dos deputados têm avaliação negativa da Corte, ante 36% de positiva.
A pesquisa ainda registrou queda na aprovação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que passou de 68% para 55% de avaliação positiva. A maior retração veio da base governista, após Motta favorecer a oposição na relatoria de pautas como a anistia e a PEC da Segurança.
O levantamento entrevistou 167 deputados federais entre 29 de outubro e 11 de dezembro. A margem de erro é de sete pontos percentuais.



