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Sexta, 19 de dezembro de 2025

Câmara vê avanço de Lula para 2026, mas mantém críticas ao governo

Pesquisa aponta melhora na avaliação presidencial, mas relação com deputados segue majoritariamente negativa.

12 de dez 2025 - 16h:51 Créditos: Redação
Crédito: Reprodução/Redes Sociais

A expectativa de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será reeleito em 2026 avançou entre deputados federais, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira (12). Em dezembro, 43% dos parlamentares veem Lula como favorito, alta em relação aos 35% registrados em junho. Já o grupo que acredita que o petista não vencerá o pleito caiu de 50% para 42%, revelando um cenário dividido na Câmara.

O movimento ocorre após a imposição de tarifas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a produtos brasileiros, episódio em que 49% dos deputados avaliam que Lula tem reagido adequadamente. O petista também apresentou melhora nas pesquisas de opinião, fator citado como influência no levantamento.

Mesmo assim, parlamentares ligados ao centro político mantêm a aposta em uma vitória da oposição — mesmo sem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para 58% dos deputados, o apoio de Bolsonaro ainda fortalece o campo oposicionista, mas alternativas são possíveis: 55% dos independentes e 57% dos deputados de centro acreditam que a direita pode vencer sem a participação direta do ex-mandatário.

A relação entre o Legislativo e o Planalto segue predominantemente negativa. Metade dos deputados avalia o vínculo com o governo como ruim, enquanto 31% classificam como regular e 19% como positivo. A percepção geral da gestão, porém, mostra leve melhora: a avaliação positiva subiu de 27% para 38%.

No ranking ministerial, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, aparece como o mais bem avaliado, com 59% de opiniões favoráveis. Na outra ponta, Rui Costa (Casa Civil) registra 43% de avaliação negativa. Outros ministros com melhor desempenho incluem Alexandre Padilha (Saúde), Sidônio Palmeira (Comunicação), Simone Tebet (Planejamento) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais). Já Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Silveira (Minas e Energia) acumulam índices de avaliação negativa superiores aos positivos.

O Supremo Tribunal Federal também enfrenta críticas: 49% dos deputados têm avaliação negativa da Corte, ante 36% de positiva.

A pesquisa ainda registrou queda na aprovação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que passou de 68% para 55% de avaliação positiva. A maior retração veio da base governista, após Motta favorecer a oposição na relatoria de pautas como a anistia e a PEC da Segurança.

O levantamento entrevistou 167 deputados federais entre 29 de outubro e 11 de dezembro. A margem de erro é de sete pontos percentuais.

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