Angelo Oswaldo (PV), prefeito de Ouro Preto (MG), afirmou nesta quinta-feira (13) que os deslizamentos de terra que ocorreram no Morro da Forca - área histórica da cidade - foi um "desastre tremendo, mas previsível".
Segundo o mandatário, "desde ontem, a Defesa Civil já havia interditado o entorno. Duas casas que foram destruídas já estão interditadas há muitos anos, até porque a área apresentava um risco enorme e isso já era, de certa forma, previsível".
Mesmo com dois casarões históricos soterrados, a remoção das terras no local não deverá ocorrer imediatamente. Angelo explica que a área está sendo estudada por geólogos e que há a possibilidade do solo presente no local descer ainda mais.
"Precisamos de tranquilidade para enfrentar esses problemas e não só aqui no Morro da Forca, mas em outros pontos. Com a diminuição das chuvas, podemos tomar providências de remoção de terras deslizadas, mas isso tem que ser feito com acompanhamento geotécnico", explicou o prefeito.
Oswaldo informou ainda que, devido às fortes chuvas que atingiram a cidade nos últimos dias, Ouro Preto ainda conta com "várias áreas de risco". "Nós temos algumas áreas que foram ocupadas indevidamente e, por isso, o risco aumentou muito mais. Tem possibilidade de deslizamento".
Segundo a Defesa Civil, outros dois imóveis estão com as estruturas comprometidas e precisarão ser isoladas em 500 metros. Para diminuir os efeitos dos deslizamentos, Angelo afirmou que busca implementar um programa de contenção de encostas na cidade.
"Assumi a Prefeitura há um ano e encontrei na Caixa Econômica Federal R$ 35 milhões para um programa de contenção de encostas em Ouro Preto. Eu estou tentando liberar e implementar esses recursos, que só podem ser aplicados através de licitações promovidas pelo estado de Minas Gerais", alega o mandatário.
As declarações, dadas à Rádio Itatiaia e à GloboNews, relatam os acontecimentos dos últimos dias de Ouro Preto - uma das 341 cidades de Minas Gerais em situação de emergência após as fortes chuvas.