A Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, deve lançar um novo aplicativo de rede social de textos curtos semelhante ao Twitter. A big tech quer tomar espaço hoje ocupado pela plataforma do pássaro-azul, controlada por Elon Musk, já que o Twitter é a principal rede social bem-sucedida do tipo.
A Meta quer se aproveitar do momento de instabilidade que o Twitter vem passando -- desde a aquisição polêmica por Elon Musk, por US$ 44 bilhões, em outubro do ano passado, para ganhar espaço na internet.
Funcionários e anunciantes vem mostrando insatisfação com a forma que Musk vem gerindo a rede social.
"Estamos explorando uma rede social descentralizada autônoma para compartilhar atualizações de texto. Acreditamos que há uma oportunidade para um espaço separado onde criadores e figuras públicas podem compartilhar atualizações oportunas sobre seus interesses", disse um representante da Meta que observa o momento do Twitter como uma oportunidade.
O aplicativo com o codinome P92 permitirá que os usuários acessem a rede social com o login existente no Instagram e será baseado em estrutura semelhante ao Mastodon, que foi lançado em 2016, com o mesmo propósito do Twitter, mas ainda não vingou.
O P92 seria descentralizado, não podendo ser comprado ou vendido e a criação deste aplicativo seria uma estratégia da Meta para voltar a atrair a atenção do público jovem que vem abandonando a sua maior plataforma, o Facebook.
A Meta está em um cenário onde o metaverso vem recebendo milhões de dólares em investimento para a formação de um mundo virtual para que os usuários possam fazer interação, além de enfrentar forte concorrência do aplicativo chinês de vídeos TikTok, que vem abalando o reinado do Instagram no Ocidente.