
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (13).
O ex-ministro do Turismo do governo Bolsonaro, Gilson Machado, também foi preso hoje em Recife (PE). Para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e para a PF, havia indícios de que Gilson Machado tentou emitir um passaporte português para que Cid deixasse o Brasil.
Isso foi interpretado pelas autoridades como uma tentativa de fugir do país e atrapalhar o andamento do inquérito da trama golpista, em curso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Mauro Cid é réu na ação penal do STF, que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O militar foi o primeiro a depor ao ministro Alexandre de Moraes no processo contra o chamado “núcleo crucial” da trama golpista, na última segunda-feira (9).
O tenente-coronel admitiu que solicitou cidadania portuguesa em 2023, mas que não tinha conhecimento da iniciativa de Gilson Machado.
A defesa do militar afirmou ao STF que o pedido foi realizado em 11 de janeiro de 2023, logo após os atos golpistas de 8 de janeiro. De acordo com o advogado Cesar Bittencourt, a solicitação foi feita “única e exclusivamente” porque a esposa e as filhas de Cid já possuem cidadania.