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Domingo, 22 de dezembro de 2024

AstraZeneca: falta de vacina para 2ª dose afeta 74% dos postos da cidade de SP

desabastecimento é majoritariamente do imunizante produzido pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca

13 de ago 2021 - 15h:11 Créditos: DAIANE SCHUINDT
Crédito: Imagem Ilustrativa retirada da Web

Cerca de 74% dos 610 pontos de imunização contra a covid-19 na cidade de São Paulo enfrentam falta da vacina AstraZeneca para a segunda dose, segundo levantamento do Estadão na plataforma municipal De Olho na Fila. O desabastecimento é majoritariamente do imunizante produzido pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, mas há registros em alguns postos de desabastecimento de doses de outros fabricantes, como da Coronavac e da Pfizer.

Ao todo, apenas 84 pontos de vacinação indicam ter as vacinas de todos os fabricantes aplicados no País para a segunda dose. Entre eles, estão o mega posto de Parelheiros, no extremo sul, o posto volante da estação Itaim Paulista da CPTM, no extremo leste, e o drive-thru do Cantareira Norte Shopping, na zona norte.

Na UBS Humberto Pascale, na região central, vários chegaram desavisados atrás da 2ª dose da AstraZeneca. Sem placa que indicava a falta, pegavam a fila até descobrirem que o imunizante não estava disponível. Patrícia Romualdo, de 46 anos, e o marido Carlos Reis, da mesma idade, ficaram frustrados. Eles trabalham em escola e já voltaram às atividades presenciais.

Sendo que o casal não encontrou a AstraZeneca na Humberto Pascale e decidiu iniciar o périplo atrás da vacina na tarde desta sexta. Eles planejavam ir a Taboão da Serra, cidade da Grande São Paulo onde moram, para conseguir a vacina. E rodar outros postos se não encontrassem. "Quanto antes tomar, melhor. Já esperamos três meses e estamos ansiosos", disse Patrícia. Para eles, falta organização e o posto deveria comunicar na porta a falta do imunizante.

Já o empreiteiro Cláudio Bratielli, de 60 anos, resolveu esperar na porta da UBS, com a expectativa de que a vacina chegue ainda nesta tarde. Outros decidiram voltar só na segunda-feira. O Estadão flagrou um senhor correr apressado para outro posto quando foi informado de que não tinha AstraZeneca na UBS Humberto Pascale. Questionado pela reportagem sobre quantos postos já tinha percorrido hoje, mostrou um "quatro" com os dedos, indignado, e saiu à procura da dose.

Outros 18 locais estão sem estoque de nenhum imunizante para a segunda dose, como o posto volante da estação República do Metrô, no centro, e o drive-thru de Interlagos, na zona sul. Os demais enfrentam falta de doses de vacinas de dois fabricantes.

Na qual a  Prefeitura de São Paulo diz ter recebido 251.990 doses Coronavac e 200 mil de AstraZeneca na quinta-feira, 12. “Todas as doses estão sendo encaminhadas aos Postos de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos da capital, em seguida, separadas e enviadas às unidades", apontou em nota.

O texto não faz referência ao imunizante da Pfizer. A gestão João Doria (PSDB) tem ameaçado processar o Ministério da Saúde, argumentando descumprimento da promessa de enviar 228 mil doses da Pfizer, que eram previstas pelo governo estadual.

O Ministério da Saúde tem 6,9 milhões de doses das vacinas da Pfizer e da Coronavac contra covid-19 paralisadas no centro de distribuição da pasta, vizinho ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. A Saúde pretende determinar o envio de 3 milhões de doses a diferentes Estados do País até o próximo fim de semana.

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