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Segunda, 09 de junho de 2025

110 mil, 135 mil e 150 mil pontos: XP traça três cenários para Ibovespa até fim de 2021 e vê ambiente bom para stock picking

A equipe de análise da XP destaca que, falando especificamente de Brasil, após um 2020 imprevisível em meio ao avanço da Covid-19, a virada de página para 2021 trouxe certo alívio no que diz respeito à pandemia, principalmente no segundo semestre, com o avanço da vacinação.

13 de set 2021 - 10h:11 Créditos: DAIANE SCHUINDT
Crédito: Assessoria

Em relatório publicado nesta segunda-feira (13) chamado “Navegando águas incertas: onde investir em tempos voláteis”, a XP traça um panorama sobre o investimento no mercado brasileiro e também nas bolsas internacionais em um cenário de bastante volatilidade.

A equipe de análise da XP destaca que, falando especificamente de Brasil, após um 2020 imprevisível em meio ao avanço da Covid-19, a virada de página para 2021 trouxe certo alívio no que diz respeito à pandemia, principalmente no segundo semestre, com o avanço da vacinação.

“Mas o cenário segue particularmente incerto em outros aspectos”, avalia, destacando que, enquanto os mercados mundiais se recuperam, alguns deles praticamente em linha reta, com pouca volatilidade, como é o caso dos Estados Unidos, a Bolsa brasileira amarga queda de 3,8% até agora no ano em reais e 5,4% em dólares, mesmo diante de um cenário micro favorável às empresas.

Um clima de tensão entre os poderes toma conta do noticiário, com o desentendimento entre Executivo, Judiciário e Legislativo também dificultando a resolução de questões econômicas (como o imbróglio dos precatórios e o avanço de reformas e privatizações no Congresso) e agrava o risco fiscal, que já era alto. Nesse ambiente, apontam os analistas, o momento é de cautela. Contudo, o investidor não deve tomar decisões precipitadas.

Especificamente sobre Bolsa, Fernando Ferreira, estrategista chefe e head de Research, e Jennie Li, estrategista de ações, destacam manutenção de uma visão construtiva, ainda que tenham recentemente revisado para baixo o cenário-base para o Ibovespa, passando a projeção para o final do ano de 145 mil pontos para 135 mil pontos. Cabe ressaltar que esse target ainda representa um potencial de valorização de cerca de 18% em relação ao fechamento de sexta-feira (10).

Ferreira e Jennie destacam que o Brasil vive um clássico debate entre uma sólida história micro, na qual as empresas
estão reportando lucros sólidos, contra um cenário macro preocupante.

Nesse ambiente, eles traçam três cenários para o benchmark da Bolsa. O base, como o já citado, é com o Ibovespa terminando o ano em 135 mil pontos. Em um cenário pessimista, ele pode chegar a 110 mil pontos, ou queda de 3,75% em relação ao patamar do dia 10 e, em um otimista, em 150 mil pontos, ou uma alta de 31,25%.

Os estrategistas apontam que, ao longo dos últimos três meses, a Bolsa brasileira tem se descolado dos mercados globais.  Enquanto os índices americanos sobem quase 20% em dólares, o Ibovespa voltou a negociar em território negativo, primordialmente, por conta de riscos domésticos, com o movimento de queda da Bolsa se acelerando após as manifestações durante o feriado de 7 de setembro, quando o presidente Bolsonaro elevou a tensão entre os poderes constitucionais.

A Bolsa teve recuperação parcial desde a nota publicada pelo Presidente Bolsonaro no dia 9 de setembro em que acenou aos outros poderes, mas o aumento das incertezas tem pressionado a curva de juros, principalmente as taxas de longo prazo, o que afeta o preço da Bolsa diretamente. Isso porque aumenta o custo de capital das empresas, o que compete com os fluxos de capital para renda fixa e eleva o custo da dívida para as empresas, impactando as perspectivas de lucro por ação.

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