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Quarta, 04 de dezembro de 2024

Ministério da Justiça recebeu mulher de líder do Comando Vermelho para reuniões

Mulher de chefe do CV no Amazonas foi recebida em audiências no Ministério dos Direitos Humanos e no Conselho Nacional de Justiça. Também postou fotos com parlamentares

13 de nov 2023 - 17h:20 Créditos: Correio Braziliense
Crédito: Luciane, conhecida como a

Autoridades do Ministério da Justiça receberam em audiência nas dependências do governo a advogada Luciane Barbosa Farias, que supostamente tem ligações com o Comando Vermelho. Ela é casada com Clemilson dos Santos Faria, conhecido como Tio Patinhas, líder da facção no Amazonas. Luciane é advogada e é tratada como a "dama do tráfico amazonense".

A mulher levou um grupo ao ministério, se reuniu com assessores importantes do ministro da Justiça, Flávio Dino, e ainda fez postagens nas redes sociais. O caso foi revelado pelo Estado de S. Paulo desta segunda-feira (13/11).

Foram duas audiências neste ano. A advogada e seu grupo estiveram com dois secretários e dois diretores da pasta, encontros que não foram registrados nas agendas oficiais dessas autoridades.

Luciane e Clemilson foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. Tio Patinhas cumpre 31 anos no presídio de Tefé (AM). Luciane foi sentenciada a 10 anos e recorre em liberdade.

O ministério não negou as visitas da advogada e respondeu ao Estadão que não sabia de quem se tratava. E se referiu a Luciane como a "cidadã” e que seria impossível para a inteligência detectar sua relação com o crime.

O Ministério Publico do Amazonas aponta a advogada como o "braço financeiro" do grupo comandado por seu companheiro e que "exercia papel fundamental também na ocultação de valores oriundos do narcotráfico, adquirindo veículos de luxo, imóveis e registrando ‘empresas laranjas".

No dia 19 de março, Luciane esteve com Elias Vaz, secretário Nacional de Assuntos Legislativos de Flávio Dino, e ex-deputado federal. Em 2 de maio, ela se encontrou com Rafael Velasco Brandani, titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). Esses encontros foram registrados por ela nas redes sociais, com a justificativa de que levava ao governo "denúncias de revistas vexatórias" no sistema prisional amazonense.

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