Um professor de Educação Física foi condenado a 13 anos e três meses de prisão, em regime fechado, por ter cometido violência sexual contra uma aluna de 8 anos em uma escola estadual localizada na região oeste de Campo Grande (MS). O crime ocorreu em 2016, mas só foi revelado seis anos depois, quando a vítima contou o que havia acontecido durante uma sessão com sua psicóloga.
De acordo com a sentença do juiz Ronaldo Gonçalves Onofri, da Vara Especializada em Crimes Contra a Criança e o Adolescente, o depoimento da menina foi considerado coerente e detalhado, mesmo com o tempo decorrido desde o fato. O magistrado ressaltou que pequenas divergências nas declarações são naturais diante do trauma e do tempo passado, e que o relato da vítima foi confirmado por outros elementos do processo.
O caso veio à tona após a menina, incentivada pela profissional de saúde, revelar o episódio à mãe, que registrou boletim de ocorrência. Segundo o processo, o professor teria levado a criança até um local isolado da escola, onde cometeu os atos e fez ameaças para que ela não contasse a ninguém.
O réu negou as acusações, afirmando não se lembrar da aluna e dizendo que nunca deu aulas no local apontado. Mesmo assim, a Justiça entendeu que havia provas suficientes para a condenação. Além da pena de prisão, o professor foi condenado a pagar R$ 10 mil em indenização por danos morais à vítima. Ele poderá recorrer da decisão em liberdade.



