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Domingo, 22 de dezembro de 2024

Promotores de Assunção vão à fronteira para reforçar investigação sobre o jornalista assassinado

14 de fev 2020 - 14h:43

A força-tarefa que investiga o assassinato do jornalista Léo Veras, em Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil, em Mato Grosso do Sul, ganhou o reforço de mais três promotores da capital Assunção, que se juntaram ao promotor Marco Amarilla que já estava no caso.

Amarilla disse que o profissional "já sabia que iriam matá-lo". "Ele recebeu ameaças nesses últimos dias. Ele estava nervoso, estava inquieto, estava temeroso. Em uma conversa que manteve com sua esposa, ele se despediu, praticamente. Ele disse: “Amor, se cuida, cuida das crianças”. Praticamente se despede de sua família. Ou seja, já sabia que iriam matá-lo", disse o promotor.

Os promotores não detalharam, mas disseram que estão trabalhando com cinco frentes para tentar solucionar o assassinato de Veras, executado com 12 tiros na quarta-feira (12) enquanto jantava com a família. O profissional chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.

Nesta quinta-feira (13) entidades que representam jornalistas no Paraguai se reuniram com representantes do governo e cobraram uma solução para o caso. Entidades brasileiras já haviam emitido notas repudiando e também cobrando o governo paraguaio.

A Execução

Léo Veras é paraguaio e tem nacionalidade brasileira. Ele tinha um site de notícias em Ponta Porã, cidade que faz fronteira com Pedro Juan Caballero, no Paraguai. O jornalista foi executado por pistoleiros na noite desta quarta-feira (12) na cidade paraguaia de Pedro Juan.

Léo Veras é bastante conhecido em Mato Grosso do Sul por seu trabalho. O site dele produzia notícias policiais da região da fronteira em português e espanhol. Frequentemente ele noticiava situações relacionadas ao tráfico de drogas.

De acordo com a Polícia Nacional do Paraguai, Léo foi atingido por cerca de 12 tiros de pistola 9 milímetros. Um dos disparos acertou a cabeça dele no momento em que ele tentou correr dos assassinos. O jornalista chegou a ser socorrido e encaminhado para um hospital particular da cidade paraguaia, mas não resistiu.

Segundo a ocorrência, Léo estava jantando com a família no quintal de sua casa. Por volta das 21 horas, dois pistoleiros encapuzados chegaram em uma caminhonete branca, entraram pelo portão que estava aberto e invadiram o local. Eles direcionaram os disparos contra o jornalista e foram atrás dele quando Veras tentou correr para a rua.

O promotor paraguaio responsável pelo caso, Marco Amarilla, informou ao G1 que apurou que o jornalista vinha sofrendo ameaças. Nos últimos dias, segundo o promotor, Léo Veras estava com medo.

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