Um homem de 37 anos flagrado na sexta-feira (11) com carga de cocaína, em Campo Grande, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça de Mato Grosso do Sul, em audiência de custódia nesta segunda-feira (14).
No dia em que foi preso, o suspeito disse à polícia que era a primeira vez que transportava droga, que aceitou o 'serviço' porque passa por dificuldades financeiras e que está arrependido. "Pior burrada que fiz na vida".
A cocaína estava em fundos falsos de uma Van de transporte intermunicipal entre Ponta Porã e Campo Grande, dirigida pelo suspeito. Ele não tinha registro de funcionário, mas já trabalhava como motorista da empresa havia oito meses.
Um dia antes de sair da viagem deixou o veículo com a pessoa que o chamou para transportar a droga e pegou no dia seguinte já com o entorpecente, seguindo viagem normalmente com o filho de 10 anos e dois passageiros.
Quando estavam em Campo Grande, a Van foi parada pela polícia, sendo localizado os tabletes de cocaína embaixo das poltronas.
No veículo também foram encontrados 216 frascos de medicamento para tratamento de queda de cabelo e quatro barbeadores, tudo sem documentação fiscal.
Diante da situação, o homem foi autuado em flagrante por tráfico de drogas. Conforme a polícia, os passageiros mostraram-se indignados por serem expostos a essa situação.
A apreensão foi resultado de trabalho de inteligência da 2ª Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), de Presidente Prudente (SP), com apoio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul.
A polícia de São Paulo avaliou a carga em R$ 10,7 milhões. Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, da Dracco, o entorpecente é comercializado com preços diferentes em cada localidade.
Em Mato Grosso do Sul, o montante apreendido renderia aos traficantes R$ 2.675.000.
Na Europa o valor do quilo da droga chega a valer de 60 a 100 mil Euros.