Crédito: Divulgação Por volta das 16h desta quinta-feira (14), rapaz invadiu a farmácia Ultrafarma na rua Raul Pires Barbosa, no bairro Chácara Cachoeira, na Capital, e, com o que parece uma pistola nas mãos, surpreendeu os atendentes. Em imagens das câmeras de segurança, os funcionários parecem não acreditar no motivo do roubo: levar uma caixa de Ritalina, remédio tarja preta, vendido apenas com receita médica.
A ação durou cerca de dois minutos e deixou a equipe incrédula. Apesar do assalto, o balconista Cláudio Ferreira e o farmacêutico Rubens Moreira, rendidos pelo bandido, não acreditaram que o assalto fosse real. Pensaram que a arma fosse de brinquedo.
“Ele entrou, esperou outro ser atendido, se aproximou e disse que queria Ritalina. O farmacêutico perguntou se ele tinha receita e o homem disse que queria sem receita e apontou a arma para os atendentes”, detalhou o dono da farmácia, Eudo Ambrósio Caldeira, de 63 anos.
Também conhecida pelo seu princípio ativo metilfenidato, a Ritalina é indicada para tratamento do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, o TDAH. O preço do remédio varia de R$ 46,00 a R$ 265, dependendo da dose e da quantidade de comprimidos.
O medicamento é um estimulante indicado para pacientes que não conseguem se manter focados, cujos quadros clínicos apontam a carência de dopamina e noradrenalina no cérebro. Mas também criou uma legião de dependentes químicos da substância, mesmo sem indicação médica.
Após o roubo, o assaltante fugiu do local caminhando. O dono da farmácia disse que após o fato, acionou a polícia que fez buscas perto da farmácia, mas ainda não localizou o ladrão.
“Ele já veio em outro momento aqui, sondou a farmácia uma vez e comprou um Torsilax, acho que é a primeira vez que acontece isso no Brasil”, disse o empresário que atua no ramo há 20 anos.
Mulher, que prefere não ser identificada, relatou ao Campo Grande News que às 15h20 desta quinta-feira (14) viu o mesmo homem que aparece nas imagens em outra farmácia, da Rede Pague Menos, a alguns metros de onde ocorreu o roubo.
Ela disse que ele pediu o mesmo remédio, mas quando o atendente solicitou a receita, o homem levantou o casaco e mostrou a pistola. O atendente ao lado disse "não é assim que funciona amigo." Diante da situação, o rapaz escondeu a arma e foi embora tentar conseguir o medicamento em outro local.
