O deputado Barbosinha (DEM-MS) usou a tribuna virtual, na sessão desta quinta-feira (14), para externar uma preocupação quanto ao comprometimento da próxima safra de soja da região da Grande Dourados.
Produtores que fizeram o seguro agrícola (serviço que indeniza o agricultor de danos à lavoura decorrentes de fenômenos da natureza) têm enfrentado grandes dificuldades na hora de receber pelas perdas reais sofridas na safra atual, do milho safrinha, que antecede o plantio da soja, em Dourados.
As seguradoras têm alegado, em suas vistorias, que a geada e estiagem não são os únicos fatores que ocasionaram as perdas da safra. E os produtores têm tido dificuldades em acionar o seguro agrícola por uma série de empecilhos impostos pelas corretoras. Alguns alegam pragas e fazem descontos na hora de pagar, enquanto outras extrapolam o prazo final para pagar que é de no máximo 30 dias.
Diante disso Barbosinha fez duras críticas às instituições financeiras que oferecem o seguro agrícola assim que os produtores buscam empréstimo nos bancos para custear o plantio das safras.
O deputado se pronunciou favorável ao posicionamento dos produtores quanto ao pagamento do seguro agrícola
Após ter participado de encontro com representantes e diretoria do Sindicato Rural de Dourados, para ouvir os anseios e inquietações da classe produtiva, na tarde desta terça-feira (13), em Dourados, e sobre as dificuldades do recebimento do seguro, o parlamentar se pronunciou favorável ao posicionamento dos produtores e cobrou empenho da classe política e do poder Executivo para garantir que os produtores possam receber o prêmio do seguro de acordo com as perdas reais sofridas na safra do milho.
“As seguradoras têm emitido laudos afirmando que de 30% a 40% da safra não são decorrentes de geadas e estiagem, reduzindo assim, o pagamento dos valores que o produtor teria direito a receber. Essas empresas estão usando de subterfúgio para reduzir as importâncias a serem pagas na indenização ou para indeferir os pedidos dos produtores para recebimento do prêmio do seguro. Me parece mais uma ação orquestrada das seguradoras para não indenizar de acordo nossos produtores”, analisou Barbosinha.
Segundo o que o deputado levantou na reunião com produtores e a diretoria do Sindicato agricultores estimam que, devido à estiagem e geada, houve uma perda de pelo menos 50% da lavoura, ou seja, metade do plantio ficou comprometido devido às influências climáticas.
Barbosinha ouviu atento às preocupações dos produtores de Dourados, durante o encontro
Barbosinha conclamou a bancada federal, pediu a união de esforços de todos os deputados estaduais, do Governo do Estado e da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, que segundo Barbosinha já se mostrou por inúmeras vezes ter visão favorável a contratação do seguro agrícola, para que abra o diálogo com as instituições financeiras e saiam em defesa dos produtores rurais sul-mato-grossenses na tentativa de estabelecer medidas necessárias que garantam o pagamento integral, conforme os danos sofridos nas lavouras, aos produtores de Dourados.
O parlamentar se comprometeu com o presidente do Sindicato Rural de Dourados, Ângelo Ximenes e com os produtores agrícolas da região de Dourados, presentes no encontro, em apresentar documento formal na Assembleia Legislativa para reforçar a causa.