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Sexta, 18 de outubro de 2024

DEFRON conclui inquérito e apura desvio mais de R$ 50 milhões de empresa e recupera R$ 32 milhões

Com a finalização das diligencias, possibilitou a recuperação de cerca de 32 milhões de reais, e três mulheres foram indiciadas pela prática de furto qualificado e associação criminosa.

14 de out 2021 - 12h:22 Créditos: Linckon Lopes
Crédito: Divulgação/Polícia Civil

Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira-DEFRON, finaliza Inquérito Policial que apura o desvio  de mais de 50 milhões de reais de uma empresa e consegue recuperar cerca de 32 milhões entre valores e bens móveis e imóveis.

Na manhã do dia 29 de setembro de 2020 compareceu no 1º Distrito Policial de Dourados a coordenadora financeira de uma empresa sediada em Dourados e voltada ao agronegócio, tendo ela exposto ter sido vítima de extorsão.

Assim, a coordenadora alegou que sob pena de ser atormentada por  espíritos malignos no dia 28 de agosto do mesmo ano passou a realizar transferências das contas bancárias titularizadas pela empresa na qual trabalhava para outras indicadas pelas “gurus espirituais”.

Surpreendentemente, identificou-se que num lapso de 30 dias a funcionária desviou R$ 50.845.730,50 (cinquenta milhões, oitocentos e quarenta e cinco mil, setecentos e trinta reais e cinquenta centavos) pertencentes à pessoa jurídica  na qual trabalhava.

No mesmo dia em que tomou conhecimento do caso o Delegado responsável apresentou Representação ao Poder Judiciário com o intuito de ser realizado o bloqueio das contas bancárias que receberam os valores desviados.

Assim, obteve-se êxito em reter mais de 15 milhões de reais, valores que se encontravam em diversas contas bancárias, inclusive uma titularizada pelo esposo de uma das “gurus espirituais”, além de outras pertencentes a doleiros.

Ademais, diligências diversas agora realizadas no âmbito da DEFRON foram realizadas, vindo à luz indícios de que ao revés de estar sendo vítima de extorsão a coordenadora financeira havia procurado as duas mulheres residentes em São Paulo para que elas realizassem trabalhos espirituais  que possibilitariam ocultar  furtos sistematicamente por ela praticados contra a empresa.

Apurou-se que a coordenadora, desde que assumiu esse cargo na empresa, passou a adquirir imóveis rurais e urbanos, além de adquirir automóveis de luxo, situação totalmente incompatível com a remuneração de cerca de R$ 4.000,00 por ela percebida.

Diante dessa situação de fortes indícios da prática de furtos foi representado pelo sequestro dos bens imóveis adquiridos pela coordenadora financeira, bem como pela apreensão dos automóveis, que totalizaram mais de 03 milhões de reais.

Sobre as “gurus espirituais” que atuaram com a coordenadora nos furtos, as investigações possibilitaram a identificação delas, sendo solicitado, dentre outras providências, o sequestro de bens imóveis a elas pertencentes, a apreensão de automóveis e o bloqueio das contas bancárias.

Sobre essas duas pessoas, apurou-se que possuem extensa ficha criminal pela prática de furtos, associação criminosa e estelionatos, ostentando elevadíssimo padrão de vida.

Com essas diligências, obteve-se êxito em sequestrar bens imóveis localizados em São Paulo com valor de mercado de cerca de 14 milhões de reais.  

Dessa feita, as investigações realizadas no âmbito da DEFRON evidenciaram, em síntese, que visando ocultar furtos praticados contra a empresa da qual era funcionária a coordenadora financeira procurou as duas mulheres residentes em São Paulo para que elas, por meio de  trabalhos de magia, ocultassem essas fraudes.

Todavia, no transcorrer desses trabalhos a coordenadora e as duas mulheres identificaram a possibilidade de realizar a subtração de milionária quantia, o que de fato ocorreu.

Com a finalização dos trabalhos, que possibilitou a recuperação de cerca de 32 milhões de reais, as três mulheres foram indiciadas pela prática de furto qualificado e associação criminosa.

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