Crédito: REPRODUÇÃO Jorge Ferreira Camargo Júnior (20 anos) e sua esposa Catirene Fernandes Silva (26), moram em Dourados e recentemente montaram uma empresa para comercializar insumos agropecuários, por meio de uma startup, que fornece o aplicativo e remunera o casal a partir das vendas que eles concretizam. Sem investir nenhum real, o modelo de negócio se tornou a principal e única renda do casal, que já pretende expandir os negócios para outros três estados.
Ele conta que já atuou como representante técnico de vendas, mas encontrou na atual atividade menos burocracias e maior receita. “Em outras empresas seria mais difícil, uma vez que exigem um caixa (investimento), uma formação específica e até experiência na área. Na Produce encontramos uma oportunidade”, explica Jorge, fazendo referência à parceria com a startup Produce, onde ele e sua esposa são consultores.
A startup fornece um catálogo com mais de 100 produtos agropecuários, insumos de todos os níveis para produtores rurais, que vão desde lonas para caminhões, até defensivos agrícolas. E conforme o casal comercializa os produtos na região, a empresa apresenta premia os consultores e ainda bonifica o produtor rural cliente, que poderá ter descontos em sua próxima compra.
Entre os diferenciais desse sistema, segundo Jorge, está a agilidade da entrega e o formato de compra, menos burocrático. “O que mais comercializamos na região são sementes de pastagem, milheto e híbridos de milho. Apesar de ser algo novo, já existe aceitação dos produtos, por parte dos produtores. Acontece eventualmente de fazerem uma primeira compra para testar, mas na sequência, chegam a comprar 100% dos insumos utilizados na safra”.
Jorge é técnico agrícola e estudante de agronomia, e o formato de trabalho permite que ele concilie a faculdade com a atividade econômica. Sua esposa, Catarine, é agrônoma e mestre em produção vegetal, afirma que a Produce é uma alternativa para se consolidar na agropecuária. “Somos exemplo de que é possível. Atualmente atendemos produtores da grande Dourados e estamos com planos de expansão para outros estados brasileiros como Mato Grosso, Rondônia e Roraima.”, afirma. “Nesse sentido somos capazes de fornecer a esses produtores, insumos agrícolas de procedência, materiais de qualidade e alta produtividade, com as principais bandeiras do mercado. E tudo isso com preços competitivos e de forma segura”.
A Produce premia a partir das vendas concretizadas. Sem vínculo empregatício, o formato permite que as negociações se tornem renda principal ou extra dos profissionais, sendo também uma chance para quem não tem relação com a agropecuária, mas pretende entrar no meio. “A Produce é a porta de entrada, ser nosso consultor é uma oportunidade para quem quer trabalhar no agro, mas não sabe como começar”, afirma o diretor da startup, Guilherme Trotta.
Criada para tornar a venda de insumos e grãos mais colaborativa, a startup já soma mais de 4000 consultores pelo país, sendo 300 só em Mato Grosso do Sul.
