O estado do Rio de Janeiro, que lidera o ranking nacional de taxa de mortalidade de Covid-19, alcançou na quarta-feira (13) a maior média de mortes por dia (168) desde 24 de junho, um dos meses mais críticos da pandemia.
Como reflexo, hospitais da capital registram lotação de leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva). A ocupação de UTIs para o coronavírus é de 99,8% na rede pública (SUS) da capital neste começo do ano, segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Especialistas dizem que a rede de saúde do Rio sofre um colapso devido à falta de leitos, com filas para internação e aumento da procura na atenção primária. Para infectologistas, medidas restritivas impostas pelas autoridades do estado são insuficientes.
O prefeito Eduardo Paes (DEM) anunciou nesta semana um plano com medidas a serem seguidas por regiões da capital conforme classificação em três níveis de risco (moderado, alto e muito alto).
Entre elas, está o funcionamento com restrições de bares, restaurantes, academias, cinemas e teatros mesmo em situação de "risco muito alto".
O prefeito pediu respeito às restrições, chegou a defender que "você tem uma forma de funcionar boates em que as pessoas não precisem ficar dançando" e afirmou que "a prefeitura não vai conseguir ficar de babá fiscalizando todo o cidadão".