Crédito: Reprodução Deajah Bennett, de 22 anos, foi assassinada a tiros pelo próprio filho de 3 anos no sábado (12). Ela havia colocado a criança na cadeirinha, quando eles saiam do supermercado Food 4 Less, na Rua Sibley Blvd, no município de Dolton, Estados Unidos. Ela sentou-se no banco do motorista e foi alvejada com um tiro nas costas, após o bebê achar a arma de fogo do pai no banco do veículo e disparar, acidentalmente.
As autoridades americanas informaram nesta segunda-feira (15.mar.22), que o pai, será processado pela morte da mãe da criança.
Bennett foi socorrida ao Centro Médico da Universidade de Chicago, mas não resistiu ao ferimento, de acordo com o escritório do legista do condado de Cook.
“Estamos tentando obter ajuda de trauma para [a criança] e sua família porque ele vai precisar para o resto de sua vida”, disse o ativista comunitário Andrew Holmes. “Aquela vida mudou em um segundo", completou.
O pai do menino foi preso e admitiu que a arma era dele, disse Holmes. O homem foi indetificado como sendo Romell Watson, de 23 anos.
Ele tinha o direito legal de possuir a arma, mas transportou a arma em um veículo de maneira ilegal, disseram autoridades. Ele deve foi processado e liberado da custódia na noite de segunda-feira, definiu a autoridade policial.
Andrew Holmes defende pessoas vítimas de violência armada e recentemente procurou aumentar a conscientização sobre os perigos das armas. No final de fevereiro, Holmes distribuiu 400 cadeados de armas em Chicago para combater o número crescente de tiros acidentais envolvendo crianças.
No dia seguinte à morte de Bennett, Holmes distribuiu 300 cadeados de armas no estacionamento do Food 4 Less, onde ocorreu o tiroteio.
Segundo a pesquisa do grupo de defesa Everytown for Gun Safety, ocorreram 2.070 disparos acidentais por crianças nos Estados Unidos entre 2015 e 2021, resultando em 765 mortes.
Em 90% desses casos, uma criança também foi vítima do tiroteio. Sete em cada 10 dos tiroteios não intencionais foram em residências.
Disparos acidentais efetuados por crianças aumentaram durante a pandemia, segundo a pesquisa, aumentando com as vendas de armas em todo o país. “As crianças estão pegando essas armas com mais frequência agora porque elas saem de debaixo do assento ou vão para a bolsa e as pegam”, explicou Holmes. “Se você vai colocá-los no carro, tranque-os", orientou.
